Covid-19/ Cabo Verde, Moçambique e São Tomé entre os mais vacinados
Bissau, 21 Abr 22 (ANG) - O director do Centro Africano de Prevenção e Controlo de Doenças (África CDC) disse hoje (quinta-feira) que Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe estão entre os dez países africanos com maiores taxas de vacinação da população.
"Dez países
vacinaram mais de 35% da população: Seychelles, com 81%, Rwanda, com 64%, Ilhas
Maurícias (76%), Cabo Verde (55%) Botswana (54%), Tunísia (53%), Moçambique
(43%), São Tomé e Príncipe (40%) e Lesotho (36%)", apontou John
Nkengasong, durante a conferência de imprensa semanal para apresentação da
evolução da pandemia de covid-19 em África, na qual disse que há 16,3% de
africanos totalmente imunizados.
Na apresentação dos
dados, o responsável disse que a taxa de contágios está a diminuir, mas
defendeu que os governos devem continuar a apostar na testagem da população
para conter a propagação da doença.
"Infelizmente, a
testagem continua a diminuir, e eu peço aos Estados para continuarem a testar,
porque estamos no meio de uma pandemia e a única maneira de controlar a doença
é continuar a testar", disse John Nkengasong, salientando que durante os
últimos sete dias houve uma redução de 23% no número de testes, que desceram
para 500 mil, dos quais resultou uma taxa de positividade de 11%, "ainda
bastante elevada".
No total, desde o início
da pandemia de covid-19, já houve 11,3 milhões de infecções, que resultaram em
251 mil mortes no continente, disse John Nkengasong, acrescentando que a
tendência da última semana, de 11 a 18 de Abril, mostra um acréscimo de 16.500
novos casos, que representa uma diminuição de 21% face aos números da semana anterior.
"Os países com mais
novos casos neste período foram a África do Sul, com mais 9 mil infecções,
seguida do Egipto, Tunísia, Seychelles e Zâmbia", apontou o responsável.
Já relativamente ao
número de mortes, o panorama é ainda mais positivo, havendo uma queda de 55% no
número de óbitos, que desceram de 323 para 144 óbitos entre 11 e 18 de Abril,
em comparação com os sete dias anteriores.
A média das últimas
quatro semanas mostra também um abrandamento dos contágios, que desceram 7%, o
mesmo acontecendo com o número de óbitos, que caiu 8%.
A doença covid-19 é
provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan,
cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que
se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante no mundo desde
que foi detectada pela primeira vez, em Novembro, na África do Sul. ANG/Angop
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