Covid-19/OMS reconhece possibilidade de transmissão através do ar
Bissau,08 Jul 20(ANG) - A OMS assume que há novas provas sobre o novo
coronavírus e que é preciso estar atento para perceber as implicações e
precauções a serem tomadas.
Após o alerta de mais de duas centenas
de cientistas de todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu,
esta terça-feira, que há indícios de que a Covid-19 se possa transmitir pelo
ar.
"Temos estado a analisar a
possibilidade de transmissão aérea e transmissão por aerossóis como uma das
formas de propagação da Covid-19", afirmou Maria Van Kerkhove,
especialista da OMS em prevenção e controlo de infecções, durante uma
conferência de imprensa virtual, que decorreu na sede da organização em
Genebra.
Até hoje, a OMS dava apenas conta de que
o novo coronavírus se propagava, principalmente, através de gotículas expelidas
pelo nariz e boca das pessoas infectadas que rapidamente caíam no chão ou em
superfícies, assim que se encontravam no ar.
Agora, e confirmando que há novas
provas, é preciso estar atento para perceber as implicações e precauções a
serem tomadas, afirmou a responsável adiantando ainda que a OMS dará "mais
informação assim que estiver disponível".
Na habitual conferência de imprensa da
OMS, que a partir desta semana passa a fazer-se apenas à segunda e à
sexta-feira, o director-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus,
começou por salientar que a epidemia está a acelerar no mundo, tendo-se
registado novos 400 mil casos só no último fim de semana, ainda que o número de
mortes diárias não tenha aumentado e pareça ter estabilizado.
"O surto está a acelerar claramente
e ainda não alcançamos o pico da pandemia", disse o responsável,
reafirmando os efeitos negativos que a pandemia provocou na distribuição de
medicamentos para a sida, bem como na prevenção da doença, devido por exemplo a
escassez de preservativos.
Mike Ryan, director executivo do
programa de emergências em saúde da OMS, explicou a propósito dos números de
contágios e de mortes por covid-19 que em Abril havia uma média de 6.000 mortes
por dia, que passou a uma média de 5.000 em maio, que se mantém com alguma
estabilidade, apesar do aumento do número de infecções.
Actualmente há um número médio diário de novas infecções rondando as 200.000. Os especialistas da OMS atribuem o menor número de mortes a acções de alguns. ANG/Angop
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