Irão/Mulheres desafiam leis islâmicas depois de morte de
jovem detida
Bissau, 20 Set 22
(ANG) - São cada vez maiores no Irão as manifestações contra
a obrigatoriedade das mulheres obedecerem a certas regras de vestuario, como o
uso do véu islâmico.
Milhares de
pessoas, em várias cidades do país, saiem às ruas após a morte de uma jovem,
detida pelas autoridades por alegadamente usar de forma inadequada o
hijab.
Masha Amini, de 22 anos, originária do
curdistão iraniano, morreu na passada sexta-feira, num hospital, 3 dias
depois de na capital Teerão ter sido detida pela polícia dos costumes, que é
responsavel por fazer cumprir o rigoriso código de vestuário das mulheres na
República Islâmica.
As autoridades disseram que Amini
estava "vestida de forma inadequada" visto que no Irão é
obrigatorio, por exemplo, cobrir o cabelo em público.
Embora as forças de segurança neguem
qualquer contacto físico com a jovem, o facto de ter entrado em coma... e ter
perdido a vida depois da detenção está a levantar suspeitas e uma verdadeira
onda de indignação.
Por todo o país, desde a capital à
cidade de Mashhad, conhecida por ser um importante local de peregrinação,
milhares de pessoas saiem às ruas e clamam pelo "fim da Republica
Islâmica". Há mulheres que inclusive retiram o véu islâmico da
cabeça.
As autoridades já fizeram varias
detenções e, em alguns casos, usaram gás lacrimogeneo para disperar os
manifestantes. Pelo menos 5 pessoas perderam a vida.
As Nações Unidas vieram, entretanto,
mostrar-se preocupadas pelo que consideram ser uma "violenta
repressão" dos protestos. ANG/RFI
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