Nova Iorque/UE mantém ajuda militar à Ucrânia e vai aumentar sanções à Rússia
Bissau, 23 Set 22 (ANG) – A UE vai manter a ajuda militar à Ucrânia e aumentar as sanções à Rússia, anunciou quinta-feira o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, no final de uma reunião de emergência em Nova Iorque.
O
conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, reunido de emergência em
Nova Iorque, “decidiu manter a ajuda militar à Ucrânia e aumentar as sanções
económicas, setoriais e individuais à Rússia”, disse Borrell aos jornalistas no
final do encontro.
“Foi
uma decisão tomada rapidamente nesta reunião de emergência do conselho de
ministros dos Negócios Estrangeiros e que demonstra a determinação da União
Europeia [UE] em continuar a ajudar a Ucrânia a enfrentar a agressão russa”,
salientou.
Borrell
remeteu para mais tarde as medidas detalhadas, referindo que só poderão ser
definidas numa reunião formal, e manifestou-se certo de que será alcançado “um
acordo unânime para as novas sanções”.
“As
referências a armas nucleares não abalam a nossa determinação, resolução e
unidade em ficar ao lado da Ucrânia e o nosso apoio alargado à capacidade da
Ucrânia de defender a integridade territorial e soberania, demore o que
demorar. Mais ainda, a UE reafirma o compromisso de maior apoio à resiliência
dos parceiros orientais e Balcãs ocidentais”, de acordo com uma declaração
divulgada no final do encontro dos responsáveis da UE.
“A UE
mantém-se inabalável no apoio à independência, soberania e integridade
territorial da Ucrânia e exige que a Rússia retire imediata, completa e
incondicionalmente todas as tropas e equipamento militar de todo o território
da Ucrânia, nas fronteiras reconhecidas internacionalmente”, pode ler-se no
documento.
Na
quarta-feira, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou a mobilização de
reservistas, referendos para a anexação de territórios ucranianos e prometeu
recorrer a “todos os meios ao seu dispor”, numa alusão ao armamento nuclear,
acrescentando: “isto não é bluff”.
A
ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a
fuga de quase 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados
internos e quase sete milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais
recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na
Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A
invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade
de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi
condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com
envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos os
setores, da banca à energia e ao desporto.
ANG/Inforpress/Lusa
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