STP/Último dia de campanha
eleitoral
Bissau, 23 Set
22 (ANG)- São Tomé e Príncipe cumpre esta sexta-feira(23) último dia de
campanha eleitoral para as eleições legislativas, regional e autárquicas deste
domingo .
O processo eleitoral conta com várias
missões de observação, nomeadamente da União Europeia (pela primeira vez e
com 42 observadores) e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (com
21 observadores).
Segundo a RFI, a chefe dos observadores europeus, Maria Manuel
Leitão Marques, disse que “o processo
eleitoral tem decorrido de forma calma, sem incidentes”, mas “com participação
desigual dos vários partidos”.
A eurodeputada portuguesa disse esperar
“que não haja compra de consciências”, prometeu que a missão vai estar atenta a
qualquer queixa de fraude e admitiu que a não realização de recenseamento
eleitoral deverá constar no relatório final porque “é um problema naturalmente
grave” quando há “pessoas que poderiam votar e não vão votar”.
Maria Manuel Leitão Marques disse, ainda, que
a missão de observação eleitoral europeia “é um reconhecimento do que em termos
democráticos se tem passado em São Tomé”.
Quanto à CPLP, o líder da missão de
observação eleitoral, Rafael Vidal, disse não temer incidentes semelhantes aos
ocorridos na sequência das legislativas de 2018 e falou em “serenidade” e
“organização” no processo.
O analista político Celsio Junqueira
descreveu a campanha como “morna” e sem o ‘élan’ de outros tempos”. “Tal
como a população, em geral, tem dito que a campanha está morna, ela, de facto,
não tem tido o ‘élan’ de outros tempos. Talvez estejamos a pagar as
consequências do período de pandemia. Não há grandes comícios, não têm vindo
cantores estrangeiros que costumavam actuar nas campanhas. As campanhas
normalmente eram um festival mesmo. Desta vez, as campanhas estão muito mornas,
tem havido pouca movimentação, tem havido mais passeatas - que é uma coisa que
se começou a fazer devido ao período da pandemia de Covid”, afirmou.
Dez partidos e uma coligação concorrem às
eleições legislativas de São Tomé e Príncipe: Movimento de Libertação de São
Tomé e Príncipe / Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), Acção Democrática
Independente (ADI), Basta, Movimento Democrático Força da Mudança/União Liberal
(MDFM/UL), União para a Democracia e Desenvolvimento (UDD), Cidadãos
Independentes para o Desenvolvimento de São Tomé e Príncipe (CID-STP),
Movimento Unido para o Desenvolvimento Amplo de São Tomé e Príncipe (Muda-STP),
Partido Novo, Movimento Social Democrata/Partido Verde de São Tomé e Príncipe
(MSD-PVSTP), Partido de Todos os Santomenses (PTOS) e a coligação Movimento de
Cidadãos Independentes/Partido Socialista/Partido da Unidade Nacional
(MCI/PS-PUN).
Os são-tomenses são chamados a eleger 55
deputados à Assembleia Nacional, incluindo dois na diáspora que, pela primeira
vez, serão eleitos pelos círculos eleitorais da Europa e da África.
Os cerca de 123 mil eleitores
são-tomenses são, ainda, chamados a escolher os presidentes das autarquias.
Este sábado, é dia de reflexão e nenhuma
actividade política é autorizada neste dia. Domingo, os cerca de 123 mil
eleitores serão chamados às urnas para as eleições legislativas, autárquicas e
regional.ANG/RFI
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