OMS/Doenças intransmissíveis
superam as infecciosas e são as que mais matam
Bissau, 21 Set 22 (ANG) - Doenças não transmissíveis, como as do
foro cardíaco, cancro, diabetes e patologias respiratórias, superam actualmente
as enfermidades infecciosas e são as que mais matam no mundo, alertou esta
quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS divulgou hoje um novo relatório e um portal com dados de
194 países sobre doenças não transmissíveis e respectivos factores de risco:
tabagismo, alimentação não saudável, uso nocivo de álcool, falta de actividade
física e poluição do ar.
"A eliminação
desses factores poderia prevenir ou retardar problemas de saúde significativos
e muitas mortes prematuras" por estas doenças, de acordo com os peritos.
Para a OMS, que lançou a
iniciativa durante a assembleia-geral da ONU, este é um dos maiores desafios do
século na saúde e no desenvolvimento.
As doenças cardiovasculares,
o cancro, a diabetes e as patologias respiratórias crónicas, a par da saúde
mental, causam quase três quartos das mortes a nível mundial e matam 41 milhões
de pessoas por ano.
O relatório
"Números invisíveis: a verdadeira extensão das doenças não transmissíveis
e o que fazer com elas" dá visibilidade a estas patologias e lembra
"a verdadeira escala" desta ameaça e dos factores de risco, considera
a OMS em comunicado.
"Também mostra o
custo-benefício de intervenções económicas aplicáveis globalmente que podem
mudar esses números e salvar vidas e dinheiro", avança a organização.
O portal contém os dados
mais recentes de cada país, factores de risco e adopção de políticas:
"Torna visíveis os padrões e tendências nos países e permite a comparação
entre países ou dentro de regiões geográficas".
"Segundo a OMS, a
cada dois segundos, uma pessoa com menos de 70 anos morre de uma doença não
transmissível e 86% dessas mortes ocorrem em países de baixo e médio
rendimento.
"Essa grande
mudança na saúde pública nas últimas décadas passou amplamente
despercebida", considera a organização.
"O relatório e o
portal chegam num momento crítico para a saúde pública: em 2022, apenas alguns
países estavam a caminho de cumprir a meta do Objectivo de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) de reduzir em um terço as mortes precoces por doenças não
transmissíveis até 2030", sustenta a OMS.
Os especialistas alegam que a prevenção e tratamento são uma
"excelente oportunidade de investimento, que terá inúmeros impactos no
crescimento económico, superando em muito o dinheiro gasto". ANG/Angop
Sem comentários:
Enviar um comentário