terça-feira, 20 de junho de 2023


Comunicação Social/
Diretor-geral da ANG diz existirem  “motivos fortes” para media guineense se preocupar com discursos de ódio

Bissau, 20 Jun 23 (ANG) – O jornalista e Diretor-Geral da  Agência de Notícias da Guiné (ANG), afirmou esta segunda-feira, na cidade de Gabu, zona leste do país  que existem motivos fortes para a media guineense se  preocupar com discursos de ódio.

Salvador Gomes,  falava  no encerramento de um semináiro de formação de cerca de 30 pessoas entre jornalistas e líderes de opinião sob o tema  “Prevenção do discurso de ódio e incitamento à divisão éticnico-religiosa”.

Gomes que foi orador do tema, disse que os organizadores da formação esperam  que os  jornalistas sejam interventivos  na medida em que podem diminuir os efeitos que possam advir   de um  discurso de ódio, para divisão étnico-religiosa,  racial ou  da intolerância política  na Guiné-Bissau.

Prosseguiu afirmando que esta prática  ainda não está bem evidente no nosso dia-à-dia, mas que o   comportamento de algumas pessoas  ou de algumas  correntes de opinião que fazem discursos de ódio nas redes sociais sobre a vida política suscita preocupações.

Referiu que em muitos países discursos de ódio são proibidos por lei, mas infelizmente  ainda não é o caso da Guiné-Bissau.

Gomes recomendou aos organizadores da formação  para deligenciaram mais formação para  jornalistas das rádios comunitárias da região de Gabu.

Relatos de alguns participantes denunciaram tratamento parcial de informações nas rádios comunitárias em benefício de formações políticas, em detrimento de assuntos que afetam a vida nas comunidades.

Tendo em conta que as rádios comunitárias são da Comunidade, para a comunidade e feita por elementos da comunidade, pediu aos jornalistas dessas rádios  para se preocuparem mais com  assuntos da comunidade.

Na abertura dos trabalhos,  a Governadora da Região de Gabú revelou  que esforçou-se bastante para que essa formação seja realizada em Gabu.

Elisa Tavares Pinto pediu os  jornalistas para serem mais responsáveis na difusão de contéudos radiofónicos, porque tudo que sai na media é considerado verdadeiro pelos ouvintes.

Criticou  a postura de  um jornalista, de uma  das rádios comunitária de Gabu, que desvalorizou o anúncio do seu plano de reconstruir as ruas de Gabu,  dizendo que a Governadora está a sonhar, e deu gargalhadas como se de um programa de humor se tratasse.

Elisa Tavares desejou que haja mais ações de formação para a imprensa comunitária, cujo o desempenho deixa muito a desejar, segundo criticas de  alguns jornalistas .

A  formação sobre Prevenção de discursos de ódios que incitem a violência e divisão etnico-religiosa foi organizada pela Associação de Mulheres Profissionais da Comunicação Social (AMPROCS) e Rede Nacional das Rádios Comunitárias (RENARC) e implementado pela Célula  de Monitorização  Eleitoral em parceria com UNDP, La Francophonie, Ianda Guiné e Nações Unidas.ANG/JD/ÂC//SG

 

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