Grécia/ Diminui a esperança de
resgatar sobreviventes do naufrágio de migrantes
Bissau, 16 Jun 23 (ANG) - Stella Nanou, porta-voz do
Alto Comissariado da ONU para os Refugiados na Grécia diz hoje que a esperança
de encontrar sobreviventes estão a diminuir a cada minuto despoi do trágico
naufrágio, mas que as buscas devem continuar.
A guarda costeira grega refere que as buscas continuaram durante a
noite de ontem e que neste momento permanecem hospitalizados 27 pessoas,
nomeadamente um dos 9 indivíduos detidos sob a suspeita de serem passadores.
"É evidente que a forma de se lidar actualmente com o Mediterrâneo
não funciona. Ano após ano, continua a ser a mais perigosa rota migratória do
mundo, com a taxa de mortalidade mais elevada", denunciaram em comunicado a Organização Internacional para as
Migrações e o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.
Segundo estas entidades os estados devem chegar a um consenso para
estancar as lacunas em matéria de buscas, salvamento, desembarque rápido e
também para estabelecer vias migratórias legais e seguras.
Para o Alto-Comissariado para os Direitos Humanos "o que se passou na quarta-feira mostra a
necessidade de investigar sobre os passadores e os traficantes de seres
humanos, assim como de tomar medidas para que compareçam perante a
justiça".
Além dos traficantes, é a própria Agência europeia de vigilância
das fronteiras - Frontex- as autoridades gregas, mas também os restantes países
europeus que têm sido postos em causa e acusados de não agirem o suficiente
para evitar esses dramas.
A Organização Internacional das Migrações diz "recear que centenas de pessoas suplementares" se
tenham afogado nesta que é desde já considerada como "uma das maiores tragédias da década no
Mediterrâneo". Com efeito, estima-se que se encontravam
750 pessoas no barco. ANG/RFI
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