Política/Líder do Madem-G15 recua na decisão de deixar cargo
Bissau,19 Jun 23(ANG) - O
coordenador nacional do Movimento da Alternância Democrática (Madem-G15),
Braima Camará, recuou no domingo, na decisão de deixar a liderança do partido,
segundo uma resolução do Conselho Nacional daquela formação partidária.
Braima Camará recuou na sua
decisão de renunciar ao cargo, após o Conselho Nacional ter aprovado várias
moções de confiança política propostas pelos coordenadores e secretários
regionais do partido e de organizações políticas do Madem-G15, refere a
resolução do Conselho Nacional divulgada à imprensa.
O coordenador nacional do
Movimento da Alternância Democrática (Madem-G15), Braima Camará, renunciou no
sábado ao cargo, após a derrota do partido nas eleições legislativas do passado
dia 04.
"Perante este órgão, eu
apresento a renúncia do meu mandato", afirmou Braima Camará, quando
discursava perante o Conselho Nacional do Madem-G15, reunido para analisar os
resultados das eleições legislativas, nas quais o partido obteve 29 dos 102
lugares do parlamento guineense.
O Madem-G15 governava o país
em coligação com o Partido de Renovação Social e com a Assembleia do Povo Unido
-- Partido Democrático da Guiné-Bissau.
Braima Camará considerou que
é o "único responsável pela derrota eleitoral" e que não "há
bodes expiatórios, nem dois culpados".
"O Madem perdeu as
eleições. Ponto final. Parágrafo. Não vou a tribunal por causa dos
resultados", disse Braima Camará, salientando que a política deve ser
feita com nobreza e que "nunca será um primeiro-ministro cozinhado num
gabinete".
Os resultados das eleições
legislativas deram a vitória à coligação PAI - Terra Ranka com 54 dos 102
deputados ao parlamento, conquistando assim a maioria absoluta.
O Madem-G15 obteve 29
deputados na Assembleia Nacional Popular, mais dois assentos do que em 2019.
O Partido de Renovação
Social (PRS) conseguiu 12 deputados, uma grande descida em relação às
legislativas de 2019, quando obteve 21 assentos, enquanto o Partido dos
Trabalhadores Guineenses (PTG), criado no final de 2021, e liderado por Botche Candé,
obteve seis deputados na sua estreia eleitoral.
A Assembleia do Povo Unido
-- Partido Democrático da Guiné-Bissau, liderada pelo primeiro-ministro
cessante, Nuno Gomes Nabiam, obteve apenas um deputado, quando em 2019 elegeu
cinco deputados.ANG/Lusa
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