Conflito de Djaal/Deputado mediador Marciano Indi confiante num entendimento entre partes
Bissau 07 Mai 24 (ANG) – O deputado
da Nação e da CEDEAO eleito no circulo 10 pela Coligação PAI-Terra Ranka, Marciano
Indi disse ,hoje, estar confiante na resolução do conflito sobre posse de terra que envolve duas famílias das tabancas de Djaal de Baixo e da
Ponta Nduta, no Setor de Safim, Região de Biombo.
“Esta situação
preocupa o Estado por isso o
Comité de Estado do Setor de Safim também está envolvido nas negociações, na
pessoa do seu Administrador, João Arlete. Juntos, desde o primeiro dia, estamos
a fazer trabalhos junto das duas comunidades, com o apoio do Ministério do
Interior, da Administração do Território e da Defesa que mobilizaram Forças de
Segurança para prevenir mais estragos”,informou.
Para o deputado, é urgente
haver uma reconciliação entre as partes para se evitar mais danos, e Indi diz
que os encontros com as partes está a
ter resultados satisfatórios.
“Já reunimos com lideres de opiniões, comités de
tabancas, representantes de Régulos, entidades religiosas entre outras, e demonstraram
que as duas tabancas são uma só
família”, salientou Marciano Indi.
Marciano Indi contou que dois homens grandes, um de nome Nduta, da
etnia Balanta e outro Nbusi, da etnia
Papel, aliaram e fundaram as duas tabancas inclusive realizam cerimónias tradicionais juntas, por
isso, diz, “hoje os seus filhos e netos não deviam estar em confrontos”.
Marciano Indi disse que se
algo de errado está a acontecer no seio das referidas familias deve ser
corrigido com diálogo, acrescentando que a população da Djaal de Baixo
compreendeu que a ideia é boa e o
entendimento e perdão deve reinar .
“Mostramos a eles que apesar das vitimas, sobretudo a mortal,
são da tabanca de Djaal, não deve haver
uma resposta na mesma moeda. Deve sim haver perdão para os irmãos da Ponta
Nduta e vice-versa esquecendo todos os danos
do passado que as duas partes sofreram”,disse Marciano Indi.
O deputado disse que, ainda
na segunda-feira, mantiveram outro encontro com as pessoas da Ponta Nduta, que demonstraram
a mesma disponibilidade, realçando que em
encontros separados, a parte de Djaal sugeriu
que
o espaço em conflito seja dividido para as duas tabancas .
Indi disse que a sugestão
vai agora ser submetida a mesa de megociações no Comité de Estado de Safim.
O deputado da CEDEAO defendeu
que os políticos devem combater as “faíscas”
de tribalismo no país .
“O problema de Djaal era entre duas familias, mas
acabou por envolver toda a tabanca que até tempos atrás conviviam numa total
harmonia e em prefeita sintonia.
“O Papel pode ir a cerimónia
de circuncisão do Balanta e vice-versa, por isso, devemos fazer de tudo para
não deixar que os interesses particulares ponham em causa a união entre os
guineenses”,vincou Indi.
Uma pessoa morreu e várias outras ficaram feridas na sequência de
confrontos, no passado dia 18 de Abril, entre aldeões de Djaal, comunidade
habitada maioritariamente por indivíduos das etnias Balanta e Pepel.
ANG/MSC/ÂC//SG
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