Regiões/Governador de Bafatá lamenta perdas na agricultura provocadas pelas inundações das águas da chuva
Bissau 23 Out 24 (ANG) – O
Governador da Região de Bafatá lamentou os danos provocados pelas inundações na
lavoura devido à fortes chuvas que caíram este ano no país.
Mustafa Soares Cassamá falava em entrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné(ANG), e afirmou que as águas das chuvas não pouparam o arroz de cultivo da época seca que devido a demora na colheita foi engolido pelas águas.
“Neste momento, a produção
de arroz na região de Bafatá não é boa. Outros cultivos não sofreram tanto, caso
do milho bacil, batata-doce e a mancara, mas as bolanhas da água doce sofreram
muito em diversas localidades da região”, salientou.
Aquele responsável disse que
o assunto já é do conhecimento do Delegado Regional da Agricultura , que, neste
momento, está a proceder ao levantamento
dos danos e as famílias vítimas, uma vez que as chuvas também destruíram as
suas casas.
O governante regional disse
que depois de recolherem todos os dados vão recorrer ao Ministério da Mulher,
Família e Solidariedade, para na medida
das possibilidades, atenuar as dificuldades que as chuvas provocaram nesta
zona.
Disse, a título de exemplo,
que só em Bambadinca, o mau tempo estragou mais de 50 casas sobretudo nas zonas
húmidas, e que actualmente a própria praça de Bafatá está completamente inundada.
Falando das dificuldades, o Governador
da região de Bafatá disse que, a
semelhança das outras regiões, Bafatá também enfrenta muitas dificuldades relacionadas
a agricultura e não só.
Soares Cassamá, Engenheiro
Agrónomo de profissão, citou a degradação da estrada dos diferentes setores que
compõem a região, que apesar das intervenções
das autoridades e da população local, as manutenções pontuais não foram consistentes.
Adiantou que já existe
um plano no sentido de sensibilizar as empresas que extraem pedras na zona para darem os seus apoios à
região, e disse que, graças a
intervenção do ministro das Obras Públicas, as viaturas já podem circular de
novo.
Referindo-se a importância económica da estrada que liga
Tantancossé à Cambadju, Cassamá disse que apesar de estar em boas condições, há zonas na localidade de Bonco que estão em
avançado estado de degradação, o que está a impedir a circulação de camiões com
grande porte nesta localidade, e, em consequência, a reduzir as receitas do
Estado.
Mustafa Cassamá salientou
que as infraestruturas estão num estado avançado da degradação em Bafatá, sobretudo as estradas, mas diz ter
a esperança de que, segundo promessas do
Governo Central ,a cidade onde nasceu o pai da nacionalidade guineense vai
beneficiar de 10 quilómetros de estradas alcatroadas.
“Em termos da educação estamos
normal uma vez que há apoios das
Organizações Não Governamentais, caso de Unicef, Plan e outros, que ajudam com materiais
escolares mas também na construção e reparação dos edifícios escolares”,
informou.
Em relação a saúde, o
Governador salientou que estão a ser feitos grandes esforços apesar das dificuldades.
Disse que passos estão a ser dados, por exemplo, há três
meses atrás, foi inaugurado um Centro de Saúde, no sector de Xitole e em Bafata foi iniciado a construção do
pavilhão para serviços da Pediatria e Maternidade.
Falando da energia, Cassamá contou que o seu fornecimento vem de uma empresa privada e devido ao fraco poder de compra, a maior parte do consumidor está sem luz em Bafatá.
Frisou que têm a esperança de
que, com a vinda da corrente elétrica da
Barragem de Caleta, na Guiné-Conacri ,no âmbito do Projecto da OMVG, a subestação
de Bambadinca irá permitir que Bafatá seja eletricificado.
Questionado se há um plano
para a reabilitação das infraestruturas locais sobretudo o antigo Mercado
Municipal, Mustafa Soares Cassamá disse que é o que está na sua mente desde o
primeiro dia da sua nomeação, frisando que Bafatá de hoje não tem nada a ver
com a de anos depois da independência.
Acrescenta que com
esforço local estão a colocar lâmpadas nas ruas para tirar a cidade na escuridão.
Para este responsável, é
salutar ter um Plano Regional de Desenvolvimento para Bafatá, com isso, segundo
diz, haverá possibilidades de contactar parceiros para possíveis apoios.
“De momento não temos nada de concreto, mas
estamos a entabular contatos. Por exemplo, já existe um acordo com a cidade de Sevilha,
em Espanha, que vai fornecer a Bafatá viaturas para os Bombeiros, carinhas e
provavelmente uma ambulância para o Hospital .ANG/MSC/ÂC//SG
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