Bélgica/Opositores venezuelanos María Corina Machado e Edmundo González vencem Prêmio Sakharov de 2024
Bissau, 24 Out 24 (ANG) - Os opositores venezuelanos María Corina Machado e Edmundo González Urrutia foram anunciados nesta quinta-feira (24) como os vencedores do Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento de 2024, concedido anualmente pelo Parlamento Europeu.
Segundo a
presidente do parlamento, Roberta Metsola, Corina e González representam
"todos os venezuelanos, dentro e fora do país, que lutam para restabelecer
as liberdades e a democracia diante da injustiça".
Os dois líderes opositores, disse Metsola,
têm lutado "por uma transição de poder livre, justa e pacífica e defendem
corajosamente os valores que milhões de venezuelanos e este Parlamento tanto
prezam: a justiça, a democracia e o Estado de direito".
Corina e González superaram o economista do
Azerbaijão Gubad Ibadoghlu, ativista contra a corrupção, e os movimentos
de militantes israelenses e palestinas "Mulheres do Sol" e
"Mulheres pela Paz".
Todos os
anos, a União Europeia, através do Prêmio Sakharov, distingue aqueles que lutam
pelas liberdades fundamentais e pelos direitos humanos. O nome presta homenagem
ao físico nuclear e dissidente soviético Andrei Sakharov, vencedor
do Nobel da Paz de 1975.
A premiação inclui a quantia de € 50 mil
(equivalente a R$ 301 mil no câmbio atual). A cerimônia de entrega acontecerá
em 18 de dezembro na sede do Parlamento Europeu em Estrasburgo, leste da
França.
No fim de
setembro, Maria Corina Machado já havia ganhado o prémio Vaclav Havel, que
recompensa os defensores dos direitos humanos, oferecido pelo Conselho da
Europa. Na ocasião, a líder da oposição venezuelana dedicou a vitória “àqueles
que lutam (…) pela liberdade na Venezuela”.
Desde a eleição presidencial na Venezuela, em julho, em que concorreu nas prévias contra o presidente reeleito Nicolas Maduro, Machado vive escondida no país.Já Edmundo Gonzalez deixou a Venezuela e se exilou em Espanha, temendo ser detido, depois de ignorar três intimações sucessivas para comparecer diante da Justiça. ANG/RFI
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