Líbano/
PM israelita pede retirada da missão da ONU das zonas de combate
Bissau,14 Out 24(ANG) - Continuam
os combates no terreno entre o exército israelita e o movimento chiita libanês
Hezbollah, que afirma no Domingo, ter repelido o avanço das tropas israelitas
que tentavam entrar no Líbano.
Este domingo, numa altura em
que continuam os combates no terreno entre o exército israelita e o Hezbollah
libanês, o Primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu
dirigiu-se directamente a António Guterres, durante uma alocução
televisiva, a quem pediu que "coloque imediatamente as forças da Finul ao
abrigo".
Esta semana, as Forças
das Nações Unidas no Líbano (Finul) acusaram o exército israelita de disparar
"deliberadamente" contra as suas posições e, face ao contexto de
crescente violência, alertaram para o risco de um conflito regional
"catastrófico". Pelo menos cinco "soldados da paz"
ficaram feridos em ataques israelitas nos últimos dias, o que levou Paris a
convocar o embaixador de Israel em França.
O presidente francês
Emmanuel Macron considerou "inaceitável" que a missão de paz da ONU
seja alvejada "deliberadamente pelas forças israelitas" enquanto o
Presidente norte-americano Joe Biden pediu a Israel que não volte a disparar
contra as forças da ONU no Líbano.
Este sábado 12 de Outubro, o
presidente francês Emmanuel Macron expressou ainda a sua "grande
preocupação", em conversa com o presidente do Parlamento libanês,
Nabih Berri, relativamente à intensificação dos ataques israelitas no Líbano.
Por outro lado, a comunidade
internacional receia uma resposta israelita aos ataques do Irão no dia 1 de
Outubro, em bombardeamentos que tinham causado a morte de uma pessoa e poucos
danos materiais de acordo com Telavive.
O ministro dos Negócios
Estrangeiros iraniano escreveu nas redes sociais que Teerão "não se impõe
nenhum limite para defender o seu povo e os seus interesses".
O movimento libanês Hezbollah
deu conta hoje de manhã de "combates contínuos" contra soldados
israelitas na fronteira entre os dois países e afirma ter repelido as tropas
israelitas que tentavam entrar no Líbano.
Neste contexto, os capacetes
azuis da Finul, presentes no terreno no Líbano, alertaram em comunicado para o
risco de um conflito regional catastrófico e apelaram ao respeito das regras
internacionais.
O exército israelita já
tinha pedido explicitamente aos capacetes azuis para que se retirem da zona, de
acordo com o chefe da comunicação da Finul, Andrea Tenenti. "As forças
israelitas pediram-nos para deixar as nossas posições ao longo da linha azul,
[na fronteira entre israelo-libanesa], mas todos os nossos acampamentos se
encontram nessa linha ou a 5 km dela", avançou Andrea Tenenti.
Este sábado, pelo menos 40
países, incluindo 34 países que integram a FINUL, expressaram o seu
"total" apoio a esta força da ONU e apelaram à protecção dos
capacetes azuis.
A FINUL, criada em 1978, tem como missão observar a situação de segurança e proteger os civis na zona entre o Líbano e Israel.ANG/RFI
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