quarta-feira, 23 de outubro de 2024

França/  Conselho de defesa se reúne para redefinir estratégia militar e civil em África

Bissau, 23 Out 24 (ANG) - O Governo terá de debater sobre as preconizações do relatório de Jean-Marie Bockel, enviado pessoal do Presidente Emmanuel Macron, para redefinir a estratégia francesa em África.


O relatório de Jean-Marie Bockel deverá ser divulgado para desenhar uma filosofia na África Ocidental.

Uma página de história já se virou no campo militar De Gaulle em Libreville no Gabão, e também vai ocorrer no campo de Ouakam em Dacar no Senegal e no de Port-Bouët em Abidjan na Costa do Marfim. Essas bases já não serão campos militares franceses. As forças armadas gaulesas reduziram a presença permanente nessas antigas colónias.

Fim anunciado também da presença dos militares franceses no Senegal, na Costa do Marfim e no Gabão. Um grande número de famílias já regressou a França.

A nova filosofia francesa passa por presenças partilhadas com o país que acolhe os militares gauleses. Já não vai haver bases, nem contingente, apenas presença de colaboração com as forças militares internas dos diferentes países.

Nos últimos seis meses, o volume global de militares em África não ultrapassou os 5 mil homens.

O dispositivo será mais leve e mais pró-activo para responder às necessidades dos parceiros.

Essa inversão do papel entre a França e os países parceiros está a ser bem recebida por países como a Costa do Marfim. Esse dispositivo tem a vantagem de expor muito menos as forças armadas francesas às contestações e às campanhas de desinformação sobre o papel da presença da França em certos países africanos.

A base de Djibuti com 1500 militares, cujo papel está virado para os oceanos Índico e Pacifico, não entra nessa nova reformulação. A base no Chade também é uma incógnita, o contingente de mil militares é o derradeiro vestígio da presença militar francesa no Sahel. ANG/RFI

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