Israel/Exército confirma suspensão da entrega de alimentos em Gaza
Bissau, 04 Jun 25 (ANG) - O exército israelita
confirmou hoje que a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), o grupo apoiado
por Israel e pelos Estados Unidos que distribui alimentos no enclave, não vai
abrir hoje os seus centros de distribuição.
O porta-voz do Exército,
Avichay Adraee, numa mensagem difundida através das redes sociais disse que
hoje vai ser proibido circular nas estradas que conduzem aos locais onde
estavam instalados os centros de distribuição.
Na mesma mensagem, o porta-voz alerta que é "estritamente
proibido" entrar nas áreas que estiveram autorizadas nos últimos dias e que
são consideradas zonas de combate.
Numa mensagem em árabe publicada nas plataformas digitais na
noite de terça-feira, o GHF disse que os centros vão permanecer fechados
para reforma e melhorias de eficiência, e que as operações devem
ser retomadas na quinta-feira.
O anúncio da GHF ocorreu na terça-feira depois de o
governo do Hamas, que controla Gaza, ter acusado Israel da morte de 27
habitantes do enclave que se tinham dirigido ao ponto de distribuição de
ajuda em Rafah.
De acordo com o Hamas, pelo menos 102 pessoas foram mortas perto
de pontos de distribuição de ajuda humanitária desde que a fundação, com sede
em Genebra, começou a operar na Faixa de Gaza no início da semana passada.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), que gere um
hospital de campanha em Rafah, disse que pelo menos 27 habitantes de Gaza foram
mortos na madrugada de terça-feira e 157 outros ficaram feridos na sequência de
disparos.
O Exército israelita admitiu ter efetuado disparos a meio
quilómetro do ponto de distribuição "contra um certo número de
suspeitos" que avançavam em direção às tropas de uma forma que constituía
uma ameaça.
As forças de Israel disseram ainda que o incidente vai ser
investigado.
O principal porta-voz militar de Israel, Effie Defrin, disse
em conferência de imprensa que os números fornecidos pelo Hamas eram
"exagerados".
Desde o início da guerra, Israel tem impedido a imprensa
internacional de entrar no enclave de forma independente, o que dificulta a
confirmação das informações.
Segundo a Cruz Vermelha, no domingo passado, também de
madrugada, pelo menos 21 palestinianos foram mortos e mais de uma centena
ficaram feridos por disparos na mesma zona de Rafah.ANG/Lusa

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