quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Côte d´Ivoire/ Lassa representa ameaça a saúde pública nos Camarões, diz especialista em doenças infeciosas deste país

Abidjan, 11 Set 25 (ANG) – A febre de Lassa, muito presente na Nigéria e  nos seus vizinhos, representa igualmente uma ameaça à saúde pública nos  Camarões.

A revelação foi feita pela bióloga camaronesa, Ntyan Mbo Marie-Lumiére, na apresentação  , terça-feira, de suas experiências sobre estudos de pandemias que fustigam diferentes partes dos Camarões.

“Estudos feitos desde 2012  demonstraram a circulação de tipos diferentes de vírus
mas o sistema de vigilância sanitário do país não permite a confirmação de muitos. Reúne essa  documentação   para apresentar a comunidade científica os problemas com que deparamos em termos de pandemias com as quais  confrontamos.

A especialista  em doenças infeciosas disse com as epidemias registadas em 2023, o pais reforçou o seu sistema de vigilância epidémica e de capacidade de preparação de respostas, com a realização, em 2024, da diretiva de vigilância de arboviroses, nomeadamente a Dengue.

“Em 2024 tivemos um caso importado de Dengue e em 2025 voltamos a ter outro caso de Dengue”, disse.

Marie-Lumiére disse que também se confrontam com dificuldades de fundos para dar respostas à epidemias que se registam no país.

Camarões dispõe de um quadro regulamentar que implica as comunidades regionais na gestão da saúde pública.

Segundo Ntyan Mbo, o Estado adota o chamado Documento Estratégico Setorial e o Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário mas a aplicabilidade destes instrumentos ainda enfrente dificuldades.

“Ainda não existe uma linha orçamental para a viabilização prática desses  dois mecanismos de gestão da saúde pública”, disse.

Ntyan Mbo Marie -Lumiére  apresentou a experiência camaronesa no painel sobre Políticas de Financiamentos e Programas de Pesquisas, que possibilitou a partilha de  experiências nesses domínios com peritos no domínio da saúde da  Libéria, Nigéria, Serra Leoa e República da Guiné. ANG

(Despacho de Salvador Gomes, jornalista convidado pela CEDEAO para a cobertura da conferência)

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