Côte d´Ivoire/”África regista 150 epidemias cada ano e o CEO do Instituto Pasteur de Dacar disse ser um “fardo pesado” para o continente
Abidjan, 11 Set 25 (ANG)- A África regista anualmente 150
epidemias, revelou quarta-feira em Abidjan, o CEO do Instituto Pasteur de
Dacar, Senegal, Ibraim Socé Fall, na conferência internacional sobre a febre de
Lassa que decorre na Côte d´Ivoire, desde segunda-feira.
O CEO do Instituto Pasteur de Dacarfez a revelação no âmbito de um dos painéis da
Conferência sobre Lassa, dedicado aos temas, ”Detetar
Respostas, Vigilância Sanitária e Arquitetura de Combate as Epidemias”.
Fall disse que o reforço de capacidades permitiu , no espaço de alguns anos, a realização da cooperação Sul/Sul, com movimentação de especialistas
africanos de um país para outro, e ainda
ter uma massa crítica de quadros com
competências de epidemiologia para prevenção de infeções e criação de logísticas,
para fazer face as epidemias.
Os ministros da Saúde do espaço CEDEAO assumiram
segunda-feira o compromisso de financiamento da preparação de respostas à
epidemias que afetam a comunidade, e Fall destaca que o laboratório é um
componente extremamente importante no combate as epidemias.
“Devemos ter a capacidade de fazer diagnósticos mesmo em
locais mais longínquas. É por isso que trabalhamos no diagnóstico de testes rápidos para as
doenças que existem em África. Se não se investir nas pesquisas os outros não
vão as fazer por nós, porque são doenças
que estão connosco”.
Falando de Lassa, Ibraim Fall sublinhou que a doença virou um grande
problema de saúde pública na Nigéria, Serra leoa e Libéria e que pode chegar a
mais países. “Devemos agir agora com diagnósticos rápidos e vacinas”, disse.
No painel em que interveio Ibraima Fall, a implicação
animal como fator de contaminação humana também foi tema dominante, e Daniel Ogom Okomah, um dos oradores demonstrou os desafios latentes e as
dificuldades de combate às epidemias relacionadas a aspetos culturais, por
exemplo, o consumo de carne de animais selvagens e realização de alguns
rituais.
Na Nigéria, em algumas comunidades, ainda se organiza o “Festival de Caça”. “Essa prática só
reforça a possibilidade de contaminação”, disse. Egom Okomah. ANG
(Despacho do jornalista
Salvador Gomes)

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