quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Florestas



Director executivo da Tiniguena considera ilegal exportação de 1.500 contentores de madeira

Bissau, 25 Jan 18 (ANG) – O Director Executivo da ONG Tiniguena considerou de ilegal a decisão do governo de exportar os 1500 contentores de madeiras apreendidas desde 2015.

Miguel de Barros, activista de exploração racional e sustentável do meio ambiemte, que falava em conferência de imprensa disse que não foi revelado o volume financeiro, nem os investimentos sociais que serão feitas nas zonas exploradas, afirmando que são regiões onde a população faz lavoura, rituais sagrados, recolhe ervas medicinais e frutas para consumo ou fins comerciais.

Explicou que a corte “desenfreada” de madeira feita em 2012 não respeitou nenhuma lei sobre a exploração, comercialização, transporte e qualquer medida compensatória em relação a exploração dos recursos naturais.

Acrescentou que em relação a sustentabilidade, o governo não produziu nem inventário, medição de zonas e selecção de essências para a corte de madeira. “Tudo foi feito de uma forma anárquica, selvagem e criminosa”, criticou referindo-se a exploração florestal praticada anos atras. 

“É do conhecimento de todos a existência de uma moratória que proíbe cortes de espécies raras nas florestas durante cinco anos,” sublinhou, tendo solicitado a entidade responsável para apresentar documento sobre o investimento público ou regeneração que serão realizadas nas zonas exploradas.

A prosseguir com esta decisão, o governo, estaria a proteger e salvaguardar os interesses particulares dos que agrediram a floresta, usurpando os seus recursos  nas comunidades.

Explicou que esta não é a primeira vez que governo tenta exportar a madeira apreendida, disse que tentativas anteriores resultaram-se infrutíferas uma vez que os produtos foram apreendidos em Espanha, África do Sul e Vietnam, este ultimo país que, a par da China e Índia, são agora  os destinos dos 1500 contentores com madeiras prontos para serem  comercializados no exterior.

Antes de ser demitido o executivo autorizou a venda ao exterior dos referidos 1500 contentores de madeira apreendidos por corte ilegal.

ANG/JD/ÂC/JAM/SG




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