segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Política



PRS e o grupo dos “15” acusam CEDEAO de estar a beneficiar
PAIGC

Bissau,22 Jan 18 (ANG) – O Partido da Renovação Social (PRS), o Grupo de 15 deputados expulsos do PAIGC,e os  deputados do Partido da Convergência Democrática (PCD),e do Partido da Nova Democracia (PND), e a União Patriótica guineense, insurgiram-se hoje contra a mediação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) na crise que assola a Guiné-Bissau.

“O grupo opõe-se expressa e inequivocamente a esta mediação tendenciosa e parcial, que aliás já vem decorrendo dos posicionamentos anteriores da CEDEAO em relação a crise política na Guiné-Bissau, que sem qualquer prova, quer a força impor um nome não adoptado consensualmente por todos os subescritores do Acordo de Coancri”, disse Fernando Vaz, em conferência de imprensa.

Na qualidade de porta-voz dos reunidos, Vaz afirmou que o comunicado final da conferência dos Chefes de Estado e do Governo da CEDEAO, de 16 de Dezembro de 2017, no seu ponto 31 diz que a Conferência tomou boa nota do roteiro apresentado pelo Presidente da Guiné-Bissau para a aplicação integral do Acordo de Conacri, nomeadamente a nomeação dum Primeiro-ministro de consenso.

Acrescenta  que o mesmo comunicado, no seu ponto 32, confere aos Presidentes Alpha Condé e Faure Gnasssingbé a competência de promover consultas com todas as partes num prazo de 30 dias com vista a aplicação consensual do roteiro.

“Estranhamente, a missão ministerial da CEDEAO no seu comunicado ignora por completo as recomendações da 52ª conferência dos chefes de Estado e do Governo da CEDEAO acima referidas”, sublinhou o grupo.
 
Fernando Vaz declarou que estão contra a imposição de soluções políticas para os problemas do país sem ter em conta a sua realidade sócio-política, acrescentando que isso se consubstancia na perda da soberania.

“Será que a CEDEAO não reparou que o Presidente da República demitiu o Governo com intenção de dar oportunidade ao PAIGC para honrar lealmente com os seus compromissos de forma a reconciliar-se internamente”, questionou.

O grupo questiona ainda  se a CEDEAO não reparou que o Presidente da ANP, a mesa do hemiciclo e a sua Comissão Permanente nada fizeram no sentido de pacificar os ânimos e de convocar a plenária.

“Vem o grupo, mais uma vez, apelar a total isenção e imparcialidade da CEDEAO na condução desse processo para a saída da crise, por forma a garantir a tão desejada reconciliação entre os guineenses, a paz e a estabilidade”, referiu Vaz.

A CEDEAO prevê sanções para actores políticos guineenses que não colaboraram para a aplicação do Acordo de Conacri que prevê a formação de um governo de consenso inclusivo com elementos dos partidos com assento parlamentar, cabendo ao chefe de estado a escolha de um PM de consenso.

ANG/ÂC/JAM/SG



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