Colectivo “artistas ka murri” homenageia
a título “póstumo” actores teatrais falecidos
Bissau, 01 Abr 19 (ANG)
– O colectivo “artistas ka murri” homenageou este fim de semana à título
póstumo, os actores teatrais falecidos, nomeadamente Venâncio Cabral (Vi), Seco
Seide, Martin Malam Biai (Manisinhu), Samore da Costa (Totó), Dirceu Francisco G.
Costa, Malam Seide (Mundu ka bedju), Liu Nanque, Lionel Osíris Afonso (Piba) e
Kennedy pelos seus contributos na cultura guineense.
Moisés João Aleluia Lopes, responsável do grupo
teatral “Blife”, disse na ocasião que o objectivo do evento é para chamar
atenção às instituições responsáveis da área da cultura no sentido de fazer
algo para os actores guineense, assim como demonstrar as famílias dos mesmos os
trabalhos feitos para o desenvolvimento da cultura do país.
Afirmou ainda que esses homens de cultura merecem ser
homenageados por parte do Estado guineense a fim de fazer as suas famílias entenderem
que eles deixaram obras que ficarão para sempre.
“Não podemos ficar a chorar os grandes homens, como
Cabral e os outros combatentes da luta de libertação nacional. Esses actores
merecem e têm valores na sociedade guineense porque lutaram para levar a
cultura da Guiné-Bissau ao mais alto nível”, revelou Moisés Aleluia Lopes.
Para Jorge Queta, da Fundação UBUNTU, deve ser
explorada a melhor parte que os guineenses têm que é o valor da solidariedade e
irmandade.
“Há outros valores que nos faz esquecer essa nossa
solidariedade. E uma das nossas funções é de fazer as pessoas relembrar que
temos valores de irmandade que nos mostra que somos iguais e que devem ser
explorados melhor. Portanto UBUNTU vai continuar a trabalhar nesse espírito”,
disse.
Disse ainda que devem ser reconhecidas as pessoas que contribuíram
de forma extraordinária para a cultura do país, como caso dos embaixadores de
UBUNTU, Carlos Schwartz (Pipito), Adelino Mano Queta, Ideraldo Pires (Tony
Bana), Aguinaldo Embaló que segundo ele, de uma regra geral não são recordados
na sociedade.
Em nome dos familiares dos homenageados falaram
Leocádia Batista Lopes e Mónica Sia, na qual agradeceram o gesto que segundo
elas, é um reconhecimento aos falecidos e isso demonstra que fazem parte da
cultura, acrescentando que seria melhor homenagear as pessoas vivas.
Esta é a 2ª Edição de
homenagem aos actores culturais que desapareceram fisicamente. Na 1ª edição foi homenageado o músico
Fernando da Góia (Bidinte). ANG/DMG/AC
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