quinta-feira, 4 de abril de 2019

Campanha de Caju/2019


Inspetor-Geral de Comércio apela comerciantes para não se aproveitarem das “fragilidades económicas” dos produtores 

Bissau, 03 Abr 19 (ANG) – O Inspetor-Geral de Comércio pediu esta quinta-feira aos comerciantes para não se aproveitarem das “fragilidades económicas” dos produtores para comprar a castanha a um preço mais baixo em relação ao estipulado pelo Governo – 500f cfa, o quilograma.

Alberto Mendes Pereira, em declarações exclusivas à Agência de Notícias da Guiné(ANG), disse que os agricultores são, muitas vezes, obrigados a vender a castanha à preços inferiores ao estipulado devido as dificuldades por que passam em termos de sustento da família.

“A Inspeção de Comercio já tem 163 inspectores nas diferentes regiões do país para fiscalizar o processo de comercialização de castanha de caju, essas pessoas têm a orientação de verificar as irregularidades no terreno”, revelou.

Alberto Mendes Pereira acrescentou que na região de Cacheu dispõe de 37 inspectores, Tombali 16, Quinara 15, Gabu 22, Bolama 06, Oio 25, Biombo 20 e Bafatá 22.

Aquele responsável explicou que têm o número mais elevado de inspectores nas regiões de Cacheu, Bafatá, Gabu e Oio porque estas zonas se encontram junto a fronteira, e há necessidade de impedir  a fuga da castanha para os países vizinhos.

Aconselhou aos agricultores a procurarem vender os seus produtos num “bom preço” de modo a poderem ter um rendimento que lhes permitirão resolver as suas necessidades.

Apelou ainda aos camponeses no sentido de contribuírem com  denúncias dos actos que acharam anormal no processo de comercialização da castanha de caju, de modo a participarem na resolução dos seus próprios problemas.

 O Inspetor-Geral de Comércio informou que as vezes os compradores fazem a troca da castanha com arroz que não tem a qualidade para o consumo humano, e que isso é uma das irregularidades que também pretendem evitar.

Questionado se por acaso já foi registado  a fuga do produto para  os países vizinhos, respondeu que felizmente não se deparam ainda com essa situação.

Mendes disse que  acredita que no presente ano não haverá a referida situação uma vez que a castanha de caju  é actualmente vendida no Senegal no valor de 350 Francos CFA por quilo.

“Muito embora não existe a necessidade de se preocupar com a situação de fuga do produto para o Senegal por motivos de preço de comercialização, accionamos os mecanismos legais para impedir a fuga do mesmo”, garantiu Mandes Pereira.

Mendes Pereira explicou que o preço de 500 fcfa, por quilograma, anunciado pelo Governo não é obrigatório, mas que foi fixado apenas como referência, e que os agricultores podem vender os seus produtos na base do preço acordado com o comprador.

Alertou que o benefício para os agricultores será o de vender os seus produtos no preço  de 500 Francos CFA ou mais, para que possam minimizar as suas dificuldades. ANG/AALS/AC//SG

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