Bissau,01 Abr 19(ANG) - O primeiro-ministro da
Guiné-Bissau, Aristides Gomes, defendeu este fim de semana que é necessário
investir na promoção da fileira do caju do país e que os exportadores já têm
uma "ideia clara" da nova taxa de promoção daquele produto.
"Todos
os exportadores já têm uma ideia clara do objetivo taxa de promoção do caju. É
uma taxa de 15 francos cfa (cerca de dois cêntimos de euro) por quilograma de
caju, que vai permitir fazer funcionar a estrutura de regulação do setor do
caju, que é a Anca (Agência Nacional do Caju), e ao Governo constituir o fundo
de promoção", afirmou Aristides Gomes.
O
primeiro-ministro falava aos jornalistas no final da cerimónia de lançamento
oficial da campanha de comercialização e exportação do caju, que decorreu no
centro de transformação daquele produto, na zona industrial de Brá, em Bissau.
A nova
taxa de sobrevalorização do caju, principal produto de exportação da
Guiné-Bissau, tem sido contestada pelos exportadores, que são contra parte do
dinheiro ser entregue à Anca, que, segundo o presidente da Associação de
Exportadores do país, Mamadu Jamanca, não tem prestado contas.
Segundo o
primeiro-ministro, a nova taxa vai permitir tratar os pomares e a criação de
fundo para facilitar a obtenção de crédito junto dos bancos aos empresários que
participam na campanha.
"Todos
os países sub-região estão a investir no caju, apesar de termos melhor
qualidade, estamos em concorrência e é preciso uma promoção da fileira do caju
e por isso é uma necessidade", salientou.
A
campanha de caju arrancou hoje com um preço de referência de 500 francos cfa
(0,76 cêntimos) por quilograma ao agricultor.
Nas
declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro sublinhou também que é
necessário explicar aos agricultores o que é um preço de referência.
"Quando
o Governo fixa um preço de referência, indicativo, o agricultor pensa
normalmente que o Estado fixou um preço obrigatório e que tem a obrigação de
impor esse preço aos intervenientes do mercado. É preciso fazer um trabalho
para explicar", afirmou, acrescentando que o preço não é fixo e pode ser
reduzido ou aumentado. ANG/Lusa
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