Cooperação/Costa convicto de que cooperação com a Guiné-Bissau
vai ser mais sólida
Bissau,07 Mar 22(ANG) - O
primeiro-ministro, António Costa, afirmou no domingo que deixa a Guiné-Bissau
convicto de que a cooperação nos próximos anos será mais sólida e concreta,
depois de uma visita ao país para dar um "sinal claro de apoio à
estabilidade".
"Saio daqui convicto de
que vamos poder, nos próximos anos, dar passos mais concretos e sólidos naquilo
que é a cooperação e identificamos também novas áreas onde é possível
trabalharmos em conjunto", disse António Costa aos jornalistas no
cemitério de Bissau, onde prestou homenagem aos antigos combatentes
portugueses.
O primeiro-ministro
salientou que a visita teve, em primeiro lugar, uma dimensão política, que
"é um sinal claro de apoio à estabilidade, ao normal funcionamento das
instituições na Guiné-Bissau", lembrando que há um novo acordo estratégico
de cooperação, assinado o ano passado, orçado em cerca de 60 milhões de euros.
A Guiné-Bissau viveu mais um
momento de instabilidade a 01 de fevereiro, quando as forças de defesa e
segurança impediram uma tentativa de golpe de Estado, que visava assassinar o
Presidente e membros do Governo.
Durante a visita de António
Costa a Bissau foram anunciadas a doação de um navio para fazer a ligação entre
o continente e o arquipélago dos Bijagós e a vinda de 30 especialistas
portugueses para dar formação e treino às forças armadas.
O primeiro-ministro destacou
também as "conversações que foram feitas" para a construção de uma
escola portuguesa na capital guineense e "os passos que foram dados tendo
em vista resolver problemas burocráticos que sempre existem na concessão de
vistos e que agora, com o novo acordo de mobilidade, vão ser revistos".
Sobre a visita ao talhão
português do cemitério de Bissau, último ponto do programa da visita antes de
seguir viagem para Cabo Verde, António Costa disse que se tratou de
"prestar homenagem a todos os militares portugueses que ao longo dos
séculos" prestaram serviço naquele país e que morreram no "exercício
de funções".
O talhão português no
cemitério de Bissau tem campas de militares portugueses, que datam do século
XIX.
Na Guiné-Bissau existem
ainda muitos antigos combatentes das forças armadas portuguesas que devem ser
tratados com "todo o respeito, todo o carinho, valorizando o contributo
que deram a Portugal", salientou António Costa.
"Obviamente, vivemos
num país diferente, temos hoje relações diferentes com a Guiné-Bissau, estamos
aqui em paz, mas é preciso respeitar a história e aqueles que combateram por
Portugal, em nome da história", sublinhou.
Do cemitério de Bissau,
António Costa seguiu para o aeroporto internacional Osvaldo Vieira para viajar
para Cabo Verde, onde no domingo inicia uma visita com um encontro com a
comunidade portuguesa.ANG/Lusa
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