quarta-feira, 29 de março de 2023

 

Justiça/"PJ persegue ministro Botche Candé”, diz  director de gabinete

Bissau,29 Mar 23(ANG) - O Diretor de Gabinete do ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural(MADR), Braima Tcham acusa a Polícia Judiciária de “perseguição ao ministro Botché Candé”.

Segundo o jornal O Democrata,Tcham acusa esta corporação judicial de estar a fazer trabalho parcial sobre uma investigação criminal em curso, “para denigrir a imagem do líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses(PTG).

Em conferência de imprensa, na terça-feira, Braima Tcham declarou  que o gabinete do ministro não vai admitir o que diz serem “atos de difamação, intriga e calúnia” contra a pessoa de Botche Candé,  e admite o recurso à uma queixa-crime contra a PJ.

As investigações da PJ deverão estar relacionadas a gestão de oferta de cinco mil toneladas de adubos feita pelas autoridades senegalesas ao Governo da Guiné-Bissau.

“Quando chegamos aqui, no Ministério de Agricultura, constatamos que os dois últimos ministros, Marciano Silva Barbeiro e Sandji Fati, contraíram uma dívida de mais de 700 milhões de francos CFA à empresa SOCOVEN PROAGRE SARL, que fornecia materiais agrícolas ao ministério”, refeiu Tcham.

Acrescentou  que quando o MADR recebeu várias toneladas de adubo, a SOCOVEN PROAGE SARL propôs que se fizesse  um encontro de contas.

“Informamos à todas as instituições e fizemos tal e qual foi acordado. Demos 71.280 sacos de adubo a essa empresa ” revelou, afirmando que se a PJ quiser investigar o caso das cinco mil toneladas de adubo doadas ao país, que interpele os dois últimos ministros, porque foram eles que assinaram o contrato com essa empresa. Que a PJ deixe de nos perseguir. Somos perseguidos até aos locais onde tomamos café. Somos guineenses, não merecemos ser tratados desta forma. Não sabemos as motivações das difamações, perseguições e calúnias. Talvez haja alguém por detrás disso. Mas é bom que essas pessoas nos confrontem” insistiu Braima Tcham.

Ainda sobre o mesmo assunto o assessor de imprensa do Ministro da Agricultura, Aliu Maquilo Baio diz que  o ministro da Agricultura está sob “perseguição forte sem fundamentos e sem provas” da parte da Polícia Judiciária”.

“Se quiserem investigar o contrato com a empresa SOCOVEN PROAGRE SARL, que interpelem os ex-ministros Marciano Silva Barbeiro e Sandji Fati, na qualidade de assinantes. As pessoas estão a ser instrumentalizadas, mas estamos tranquilos” , disse Maquilo Baio. ANG/O Democrata

 

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