domingo, 4 de junho de 2023

         Israel/Protestos  contra reforma judicial entram na 22.ª semana

Bissau, 04 Jun 23 (ANG) - Dezenas de milhares de manifestantes protestaram sábado à noite em Telavive e outras cidades israelitas, pela 22.ª semana consecutiva, contra o polémico plano do Governo de Benjamin Netanyahu de reformar o sistema judicial.

Os manifestantes reúnem-se semanalmente desde Janeiro para denunciar a reforma judicial promovida pelo executivo liderado por Netanyahu, um dos governos mais à direita da história de Israel, e também o primeiro-ministro, indiciado por vários crimes, tem sido alvo das críticas.


O chefe do Governo anunciou em 27 de Março uma "pausa" no projecto para dar uma "oportunidade [...] ao diálogo", mas a mobilização contra as reformas continua forte, assim como as críticas à sua liderança.


De acordo com a imprensa israelita, cerca de 100.000 manifestantes reuniram-se em Telavive, um número significativo num país de nove milhões de habitantes.


A polícia não divulga números oficiais sobre os protestos.


Os manifestantes, agitando bandeiras de Israel, bloquearam ruas, depois de já na sexta-feira à noite, várias centenas terem protestado em frente à residência privada de Netanyahu.


A manifestação, descrita como "não autorizada" pela polícia, foi marcada por incidentes violentos com as forças policiais e pelo menos 17 detenções.
"Continuamos a manifestar-nos para mostrar que, mesmo que tenham feito uma pausa na reforma, continuamos mobilizados e eles não serão capazes de passar sorrateiramente pelas leis", disse Ilit Fayn, de 55 anos que participou do protesto.


"Este Governo corrupto está cheio de bandidos (...) o povo judeu levou 2.000 anos para ter um Estado, não podemos perdê-lo por causa de um bando de fanáticos", disse Arnon Oshri, um agricultor de 66 anos.


Segundo o Governo, a reforma do sistema judicial visa, entre outras coisas, reequilibrar os poderes, reduzindo as prerrogativas do Supremo Tribunal, que o executivo considera politizadas, em benefício do Parlamento.


Mas os críticos dizem que corre o risco de abrir caminho para uma deriva autoritária.ANG/Angop

 

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