Ucrânia/Explosão destrói barragem no
Sul
Bissau, 07 Jun 23 (ANG) - O
governo ucraniano acusou , terça-feira, a Rússia de ter feito explodir uma
barragem perto da cidade Kherson, no sul do país.
Dezenas de localidades
inundadas pelo rio Dnipro foram evacuadas. Moscovo e Kiev trocam acusações
sobre a responsabilidade do ataque.
Para o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, o ataque na
barragem de Kakhovka é um crime de guerra e "provavelmente o maior
desastre tecnológico da Europa das últimas décadas”.
Dmytro Kuleba pediu uma reunião urgente do Conselho de
Segurança da ONU para discutir o que chamou de "acto terrorista russo
contra infra-estruturas críticas ucranianas".
Numa declaração, o ministro apelou também ao conselho de
governadores da agência atómica das Nações Unidas para discutir o incidente e
exigiu novas sanções contra a Rússia por parte do G7 e da União
Europeia.
A barragem situada no sul da Ucrânia, numa zona controlada pela
Rússia, explodiu esta terça-feira, provocando uma inundação e colocando cerca
de 16 mil pessoas numa "zona de risco". Segundo a empresa pública
hidreléctrica ucraniana, os danos são irreparáveis e foram causados por
"uma explosão no interior da sala das máquinas".
Kiev diz que o perigo de um acidente nuclear "aumentou
rapidamente", já que a central de Zporíjia utiliza água da
barragem, mas a Agência Internacional de Energia Atómica considera que não
existe perigo imediato para o funcionamento da central.
A Ucrânia e a Rússia já se acusaram mutuamente de atingir esta
barragem. Em outubro, o
presidente Volodymyr Zelensky previu que a Rússia a
destruiria para provocar uma inundação.
A Rússia acusa a Ucrânia de um ato de "sabotagem
deliberada", que foi planeado e executado sob as ordens de Kiev. O
porta-voz do Kremlin rejeita as acusações de que Moscovo é responsável pela
destruição parcial da barragem e alerta para o risco de consequências muito
graves para dezenas de milhares de habitantes da região de Kherson.
Segundo Dmitri Peskov, um dos objectivos do ataque foi
"privar a Crimeia" de água.
ANG/RFI
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