Eurovisão/Participação de Israel gera polémica
Bissau, 10 Mai 24 (ANG) - A 68.ª edição do Festival
Eurovisão da Canção, terá lugar no sábado , em Malmo, na Suécia,num contexto de
controvérsia em relação à participação de Israel num dos eventos mais vistos do
mundo.
Eden Golan, artista de 20 anos que representa Israel,
qualificou-se, nesta quinta-feira, para a final do Festival Eurovisão da Canção
. A canção, Hurricane, inicialmente intitulada "October Rain", teve
de ser alterada varios meses atràs, devido às referências aos ataques de 7 de
outubro perpetrados pelo HAMAS. De facto, as regras do concurso são claras,
nenhuma mensagem politica é autorizada.
Na Suécia, cerca de 12 000 manifestantes protestaram na
quinta-feira, 9 de maio, contra a participação de Israel no Festival Eurovisão
da Canção, enquanto na Bélgica os sindicatos da estação de televisão flamenga
VRT interromperam o programa das meias-finais durante alguns momentos. Podia
ler-se um texto para justificar a acção do sindicato :"Esta é uma acção
sindical. Condenamos as violações dos direitos humanos cometidas pelo Estado de
Israel. Além disso, o Estado de Israel está a destruir a liberdade de imprensa.
É por isso que estamos a interromper a emissão por um momento."
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, referiu-se a
Eden Golan: "Não só está a participar orgulhosa e admiravelmente na
Eurovisão, como também está a enfrentar com sucesso uma horrível onda de
anti-semitismo".
No início da semana, o representante da Suécia, Eric Saade,
interpretou a sua canção com um keffiyeh palestiniano à volta do braço,
enquanto Magnus Bormark, membro do grupo Gate representente da Noruega,
declarou que "tinha de haver manifestações, as pessoas têm de expressar as
suas opiniões, as pessoas têm de boicotar".
Apesar destes apelos ao boicote, Israel é um dos países
favoritos para vencer a Eurovisão, atrás da Croácia e da Suíça. ANG/RFI
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