Sociedade/Frente Popular anuncia realização
de uma marcha pacífica para reivindicar a subida de preços de
produtos de primeira necessidade
Bissau, 13 Mai 24(ANG) – A Frente Popular(FP), uma nova organização da sociedade civil, anunciou no fim de
semana a realização de uma marcha
pacífica para reivindicar a subida dos preço de produtos da primeira
necessidade.
O Governo anunciou
recentemente novos aumentos de arroz, alimento base da população guineense,
depois de se abdicar das subvenções que o anterior Executivo fazia para se
manter a compra desse produto alimentar ao preço mais baixo- 17mil francos/saco
de 50 quilogramas
Informou que o outro objetivo da marcha tem a ver
com o bloqueio das instituições,
nomeadamente o Supremo Tribunal de Justiça, a Assembleia Nacional Popular e outras.
Armando Lona disse que todas
as entidades competentes, nomeadamente o Ministério do Interior e da Ordem
Pública já têm conhecimento da realização da marcha pacífica, e sustenta que a
reivindição é um dos direitos
consagrados na Constituição da República da Guiné-Bissau.
Apela à população guineense,
em particular a da diáspora, a juntar-se a esta iniciativa para se posicionar
contra a atuação do atual regime e dizer basta à situação em que o país
se encontra.
O ativista cívico criticou que
o país está a viver uma situação de “colapso”, tanto no sistema do
ensino, quanto na saúde e aponta como exemplo, o facto de a Guiné-Bissau ser um dos países com a maior taxa de evacuação
sanitária.
Questionado sobre a
proibição de manifestações, reuniões e comícios populares determinada por
um despacho do Ministério do Interior e da Ordem Pública em vigor em todo o
território nacional, o ativista disse não ter conhecimento de nenhum documento
e diz que a organização que representa
não tem nenhum compromisso com nenhum despacho, mas sim com a Constituição da
República.
Armando Lona disse que o medo não deve paralisar ninguém,
mas sim servir de guia para afastar todas as instituições públicas de
todos os traidores da pátria
Por sua vez, outro ativista
da Frente Popular, Fernando Fonseca, referiu que o país está a viver momentos
que interpelam toda a população a questionar os governantes sobre o atual
contexto que forçou o país a viver uma experiência absolutista com a supressão
da liberdade e de garantias fundamentais da dignidade humana.
Fonseca acrescenta que o momento chama a atenção de toda a sociedade no
sentido de lutar contra a doença, fome e ignorância, que diz serem fatores que levaram a população a se
corromper, mas sublinha que qualquer
silêncio será considerado cúmplicidade. ANG/JD/ÂC//SG
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