Transportes/Grupo Santy Olding vai financiar estudo de viabilidade para construção de novo porto de águas profundas em Pikil
Bissau, 03 Mai 24
(ANG) – O Governo, através do Ministério dos Transportes, Telecomunicações e
Económia Digital e o Grupo Santy Olding assinaram, esta sexta feira, um acordo
de financiamento de estudos sobre a
viabilidade de construção de novo porto de águas profundas,
em Pikil, na região de Biombo.
O conselheiro do
Ministro dos Transportes, Telecomunicações e Economia Digital,para àreas
Maritimo e Portuário, Pedro Tipote disse que o Executivo tomou esta medida,
porque o porto de Bissau já não tem condições para satisfazer as embarcações
que vêm para o país, quer em termos logisticos quer em termos operações portuárias.
“O Porto de Bissau - o
cais comercial, foi projetado para receber cinco mil contentores anuais,mas com a tendência
da exportação, sobretudo do nosso produto interno, a castanha de caju, subiu para 40 mil contentores”, revelou.
Acrescentou que, querendo
resolver esta situação, o Governo decidiu avançar com a construção de um porto
de águas profundas que vai ofercer outra caracteristica, por isso se procedeu a
assinatura do acordo para realização do
estudo de viabilidade com o Grupo Santy Olding.
O estudo , diz
Tipote, vai contemplar a viabilidade técnica
e financeira, o pacto ambiental e social, um anti projecto detalhado de
implementação das infra-estruturas, incluindo a construção de uma doca,bem como
um estudo preliminar para requalificação
e reconverção do Porto de Bissau,para melhor utilização das infraestruturas
portuarias.
Pedro Tipote acrescentou
que em termos geográficos é preciso ter um plano diretor para a implementação
do próprio projecto que abrangerá Quinhamel
até Pikil .
O ministro dos
Transportes, Telecomunicações e Económia Digital José Carlos Esteves disse ser
um ato importante e estratégico para o setor marítimo portuário.
Destacou que o Governo, com o financiamento do Banco
Mundial elaborou recentemente um plano nacional, que já está na fase final, de
transporte e logístico, que define as estratégias para o desenvolvimento no
domínio portuário, aéreo, terresstre e as infra estruturas que alavancam as actividades de transporte.
“Hoje estamos perante
o constrangimento de infra-estruturas portuárias que permitam a dinamização do
abastecimento das zonas de concentração urbana”,reconheceu José Carlos Esteves.
Disse que o Porto de
Bissau, pela sua posição estratégica, não favorece grande atração de actividade marítima, por estar num canal de
navegação ameaçado de assoriamento, restrição de sinalização, que põe em causa
a segurança de navegação marítima, e que reflete no frete e no custo de seguro
das embarcações.
José Carlos Esteves
esclareceu que apesar de Biombo ser beneficiário do porto comercial para
abastecer a cidade de Bissau, o Governo mantém o seu interesse relativamente ao
porto de águas profundas de Buba, cujo o estudo está em curso e que após sua
conclusão será lançado o processo de mobilização de parceiros para sua
construção, tendo em conta o potencial mineiro da zona sul do país..
O governante assegurou que aposta na construção do novo
porto na região de Biombo, demonstra que a
economia depende da importação e
exportação e diz que a crise internacional reflete diretamente no preço dos produtos
da primeira necessidade.
Relacionou a construção
do Porto de Pikil com a necessidade de redução dos custos de Seguros das
embarcações e da operação portuária, e diz que a medida terá um impacto positivo na vida económica e social
e na redução dos custos dos produtos de
primeira necessidade.
O Plano Diretor de
Biombo, segundo José Carlos Esteves, prevê a preservação do terrenos de Quinhamel
até Pikil para atividades Industriais, por
forma a evitar ocupações ilegais que
geram conflitos.
Acrescenta que, por
isso, todas as ocupações que se vão fazendo
nesta zona têm que obedecer orientações
do Estado, dando prioridade as infraestruturas de dominio público de apoio aeroportuário.
Anunciou na ocasião
o lançamento de um concurso, num futuro próximo, para requalificação do Porto
de Pindjiguiti.
O administrador do
Grupo Santy Olding, Santiago Hanna Mendoza disse que a grupo está ciente das dificuldades
de infraestruturas portuárias na Guiné-Bissau , que atrasam o desenvolvimento
económico do país.
Declarou que, por
isso, o grupo está disponivel para relaizar
o estudo para desenvolver a economia, visto que, diz, “os portos são braços de qualquer nação que exporta a sua capacidade económica, mas também
cultural para o resto do mundo”.
Santiago Hanna
Mendoza disse que dentro de duas semanas os técnicos vão chegar
para a realização, num período de seis
meses, dos estudos de viabilidade visando a construção do novo porto de águas profunda no
país. ANG/LPG//SG
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