França / Discurso de política do primeiro-ministro
divide franceses
Bissau, 02 Out 24 (ANG) – Choveram reacções ao discurso de
política geral desta terça-feira do primeiro-ministro, Michel Barnier na câmara
baixa do parlamento, a Assembleia nacional. Os sindicatos assumiram algum
optimismo, prudente, enquanto o patronato se regozijou com as prioridades. A
extrema esqueda prepara uma moção de censura, a extrema direita formulou
exigências enquanto o centro e a direita apelam ao fim do despesismo.
Os
sindicatos saudaram o anúncio da subida do salário mínimo de 2% logo a partir
de 1 de Novembro, mas
muitos dentre eles pedem novo aumento a 1 de Janeiro, como é da praxe.
Por seu lado o patronato congratulou-se com o facto do primeiro-ministro
ter percebido a urgência orçamental ao declarar que a redução da dívida e do défice era a prioridade do
seu executivo.
Já na esfera política o discurso do
primeiro-ministro foi perturbado pela extrema esquerda
que tentou interromper sempre Michel Barnier e exibiu
cartões de eleitor para contestar a legitimidade do chefe do executivo.
A presidente do grupo -A França Insubmissa-,
Mathilde Panot, alegou ter três prioridades: censurar o governo para que Lucie
Castets venha a ser nomeada como primeira-ministra, bem como destituir e
substituir o presidente Emmanuel Macron. Para este movimento Barnier decidiu
governar pela força.
A
extrema direita, pela voz de Marine Le Pen, formulou três exigências: uma
dose de proporcionalidade no sistema eleitoral, o aumento do poder de compra
para compensar aumentos de impostos e uma nova lei de imigração até ao primeiro
trimestre de 2025.
O outro dos três grandes blocos do
parlamento, o do centro, do actual
presidente Macron, veio, por intermédio de Gabriel Attal, ex primeiro-ministro,
defender menos despesa pública, sem aumento de
impostos.
Também a direita, e os republicanos, partido de que é oriundo o primeiro-ministro, apelou por intermédio de Laurent Wauquiez a que se ponha fim ao despesismo.ANG/RFI
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