Cabo Verde/ Instaurado inquérito após morte de grávida e de bebé
Bissau, 02 Out 24 (ANG) - A
ministra da Saúde de Cabo Verde avançou que o Hospital Universitário Agostinho
Neto, na cidade da Praia, instaurou um inquérito independente para apurar o
desaparecimento do corpo de um bebé e da morte de uma grávida.
A governante garantiu que
responsabilidades serão assumidas.
Após manifestar solidariedade aos familiares
e lamentar as mortes de um bebé de dois meses e de uma jovem grávida de 38
semanas, no Hospital Universitário Agostinho Neto na capital do país, a
ministra da Saúde, Filomena Gonçalves afirmou que decorre um inquérito para
averiguar as denúncias e garantiu que se forem constatadas negligências,
responsabilidades serão assacadas.
“A
partir do momento que tomamos conhecimento, a direção do hospital, mandou
instaurar imediatamente o inquérito. Assim que tivermos o resultado do
inquérito, estaremos a fazer a comunicação com toda transparência, com toda
responsabilidade e todas as responsabilidades que dali advierem, estaremos a
tomar com muita serenidade, para isso também nos ajudar a trabalhar para que
tenhamos cada vez mais e melhor segurança sanitária e não só, para que tenhamos
cada vez mais e melhor confiança nas nossas instituições” disse a
ministra da Saúde, Filomena Gonçalves, ao ser abordado pelos jornalistas para
comentar as denúncias de alegadas negligências médicas ocorridas nos últimos
tempos Hospital Universitário Agostinho Neto.
Através das redes sociais, os familiares de
uma jovem denunciaram o caso de alegada negligência médica que culminou com a
morte da grávida de 38 semanas, ocorrido durante o parto no dia 26 de setembro
passado.
Na segunda-feira à noite, a televisão pública
cabo-verdiana noticiou o caso do desaparecimento do corpo de um bebé de dois
meses que faleceu no Hospital Universitário Agostinho Neto.
De acordo com o pai do bebé, em Julho, a
esposa deu à luz um par de gémeos. Um dos um bebés morreu após o parto e o
outro ficou internado durante dois meses. Na semana passada, a 24 de Setembro,
foram informados de que o outro bebé faleceu e no dia seguinte quando foram com
a certidão de óbito levantar o corpo no hospital central da cidade da Praia,
ninguém sabia do paradeiro do corpo do bebé e até agora a família não teve
nenhuma resposta da administração do hospital.
Esta manhã, em declarações à rádio pública, o Bastonário da Ordem dos Médicos Cabo-Verdianos (OMC), Danielson Veiga considerou o caso inédito e disse que aguarda esclarecimentos do Hospital Universitário Agostinho Neto.ANG/RFI
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