Bélgica/Costa promete em Kyiv disponibilidade da UE para "o que for necessário"
Bissau, 24 fev 25 (ANG) - O presidente do
Conselho Europeu disse hoje em Kyiv que a União Europeia está disponível para
"fazer tudo o que for necessário para a sua segurança e continuar a apoiar
a Ucrânia", defendendo mais apoio financeiro e militar.
"A União Europeia [UE] está disposta a fazer tudo o que
for necessário para a sua segurança e a continuar a apoiar a Ucrânia e é por
isso que vou convocar um Conselho Europeu extraordinário para a próxima semana,
no dia 06 de março, sobre o apoio à Ucrânia e o reforço da defesa da Europa,
trabalhando em estreita colaboração com a Comissão Europeia e com [a
presidente] Ursula [von der Leyen]", afirmou António Costa.
Intervindo na Cimeira Internacional de Apoio
à Ucrânia, em Kyiv, onde está hoje para assinalar o terceiro aniversário da
invasão russa do país, António Costa assegurou que a UE está pronta "para
aumentar o apoio financeiro e militar à Ucrânia e para construir o futuro da
Ucrânia na UE".
A mensagem surge quando uma comitiva do
colégio de comissários da Comissão Europeia liderada pela presidente da
instituição, Ursula von der Leyen, e acompanhada pelo presidente do Conselho
Europeu, António Costa, está hoje em Kyiv em assinalar a data.
Este é a segunda visita de António Costa a
Kyiv em dois meses, após ter iniciado o seu mandato na capital ucraniana, em
dezembro passado e surge um dia após ter anunciado que iria convocar um
Conselho Europeu extraordinário, que terá lugar no dia 06 de março em Bruxelas,
dedicado ao apoio à Ucrânia e à defesa europeia.
A propósito desta cimeira extraordinária,
antes da regular no final de março dedicada ao tema da competitividade
económica europeia, Von der Leyen anunciou hoje em Kyiv que iria trabalhar num
"plano abrangente sobre a forma de aumentar as capacidades europeias de
produção de armas e de defesa".
Para meados de março prevê-se a apresentação
de um Livro Branco sobre o setor da defesa.
A UE tem vindo a defender também condições de
paz definidas pela Ucrânia e um lugar na mesa de negociações, juntamente com a
Ucrânia, face à tentativa de mediação norte-americana com a Rússia.
"Não haverá negociações credíveis e
bem-sucedidas, não haverá paz duradoura sem a Ucrânia e sem a UE. Só a Ucrânia
pode decidir quando estão reunidas as condições para iniciar esta
negociação", afirmou ainda hoje o presidente do Conselho Europeu na
capital ucraniana, reforçando que "não pode ser um simples cessar-fogo,
tem de ser um acordo duradouro".
Para António Costa, só "fortes garantias
de segurança assegurarão uma paz abrangente, justa e duradoura na Ucrânia e em
toda a Europa".
Hoje a Ucrânia assinala o terceiro
aniversário do início da invasão russa, em 24 de fevereiro de 2022, que
desencadeou uma guerra com um balanço de perdas humanas e materiais de dimensão
ainda não inteiramente apurada.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e
militar dos aliados ocidentais.
Estima-se que a UE já tenha prestado à
Ucrânia assistência económica, humanitária, financeira e militar num total de
135 mil milhões de euros, sendo 48,7 mil milhões de euros de assistência
militar.ANG/Lusa
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