quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Ambiente/Ministro Viriato Cassamá alerta para a preocupante produção diária de resíduos biomédicos no país

Bissau, 26 Fev 25(ANG) -  O ministro do Ambiente, Biodiversidade e Acção Climática,  afirma que o país produz aproximadamente três (3) quilos de resíduos biomédicos por dia, um facto que considera preocupante.

Os dados foram revelados nesta terça-feira, em Bissau, por Viriato Luís Soares Cassamá, durante a apresentação do projeto Resíduos Biomédico, que ainda não foi aprovado.

Viriato Cassamá lamenta o facto de o vazadouro de lixo, estar localizado num braço de rio, nos arredores de Bissau, uma situação que diz representar um sério risco ambiental e sanitário.

O ministro  realçou que a Guiné-Bissau é dos poucos países no mundo em que não existe   um sistema adequado de separação de lixos: doméstico, urbano, hospitalar, industrial e mecânico. Disse que tudo é misturado no mesmo vazadouro sem prévio tratamento.

“Tendo em conta a sua categoria, resíduos biomédico , independentemente de representar um problema
para a saúde pública, é um problema ambiental. Razão pela qual é pertinente a elaboração deste projeto, para apoiar ao Governo na gestão sustentável de resíduos biomédico”, disse Cassamá.

Quanto a implementação do projeto, Viriato Cassamá avançou que já existem alguns documentos estratégicos no setor de resíduos, em particular o de resíduos biomédico, faltando apenas as necessárias adaptações e reajustes desses documentos ao contexto nacional.

O ministro da Saúde Pública, Pedro Tipote, sugere que os incineradores não sejam instalados nos estabelecimentos hospitalares, a fim de se evitar a contaminação das pessoas e minimizar os impactos da queima de resíduos em áreas habitadas.

O Presidente da Câmara Municipal de Bissau, Luís José Medina Lobato, manifesta a disponibilidade da instituição camarária para colaborar com qualquer iniciativa que vise melhorar a gestão dos resíduos biomédicos na cidade.

Ambientalistas dizem que, além dos potenciais riscos para a saúde humana, a negligência na gestão dos resíduos hospitalares pode causar impactos ambientais significativos, tais como a contaminação do ar, do solo e das águas, a proliferação de vetores e parasitas e a contaminação de alimentos não protegidos.

A ausência de um sistema eficaz para o tratamento e descarte adequado desses resíduos é enquadrado pelo projeto como  um desafio que exige ações urgentes e coordenadas entre as autoridades e os diferentes setores envolvidos. ANG/RSM

 

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