Alemanha/ Arranque da conferência de segurança com Ucrânia em pano de fundo
Bissau, 14 Fev 25 (ANG) - Chefes de estado e de
governo de mais de 60 países, mais de 100 ministros e especialistas a nível
mundial estão reunidos a partir de hoje e, durante três dias,em Monique, na
Alemanha, para a conferência de segurança de Munique, que terá como tema
principal a guerra na Ucrânia.
A guerra de agressão da Rússia contra a
Ucrânia, que completa 3 anos dentro de poucos dias, será o tema central deste
encontro anual de segurança, até porque, nos últimos dias, houves muitos
desenvolvimentos em relação ao conflito. O Presidente russo, Vladimir Putin,
falou com o homólogo americano, Donald Trump, com o objetivo de começar
negociações para colocar fim à guerra na Ucrânia.
O Presidente norte-americano chegou
mesmo a anunciar que estaria prevista para hoje uma reunião em Munique entre
altos dirigentes dos EUA, Ucrânia e Rússia, mas Kiev nega, afirmando que não
estão previstas conversações com responsáveis russos.
"A posição ucraniana não mudou.
A Ucrânia deve falar primeiro com os Estados Unidos (...) As conversas com
os russos não estão previstas", referiu Dmytro Lytvyn, assessor
do chefe de Estado ucraniano.
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin,
Dmitry Peskov, defendeu que "de uma forma ou de outra, é óbvio que a
Ucrânia participará nas negociações".
Nesta conferência, são esperados altos
dirigentes, onde se incluem mais de 60 chefes de estado e de governo, mais de
100 ministros, especialistas e altos dirigentes militares. Mark Rutte,
secretário-geral da NATO também estará presente. A representar Portugal, está o
ministro dos negócios estrangeiros, Paulo Rangel.
Para hoje, o presidente ucraniano tem
sim agendada uma reunião com JD Vance, vice-presidente dos EUA e ainda com
Marco Rubio, secretário de estado norte-americano e ainda com Keith Kellogg,
enviado norte-americano para a Ucrânia e Rússia.
Na conferência de segurança de Munique,
participarão também altos dirigentes da União Europeia, caso de Ursula com der
Leyen ou Kaja Kallas, numa altura em que a Europa teme ficar de fora das
negociações relativas à Ucrânia.
Recorde-se que Joe Biden não admitia
discutir "a Ucrânia sem a Ucrânia", mas o seu sucessor republicano
fez exactamente o inverso, começando por negociar directamente com Vladimir
Putin.
O conflito no Médio Oriente também será discutido, numa altura em que se espera que exista uma nova libertação de três reféns por parte do Hamas este sábado. ANG/RFI
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