UA/Mahamoud Ali Youssouf é o novo presidente da Comissão após derrotar Raila Odinga
Bissau, 17 Fev 25 (ANG) - À sétima ronda de votações,
Mahamoud Ali Youssouf foi eleito presidente da Comissão da União Africana, numa
batalha cerrada com o queniano Raila Odinga.
Num outro
combate intenso, a argelina Selma Malika Haddadi ganhou a vice-presidência face
à marroquina Latifa Akharbach. Para Angola, a comissão "fica bem
entregue".
Após várias horas de votação e sete rondas para cada lugar, a
Comissão da União Africana tem uma nova liderança. Mahamoud Ali Youssouf,
do Djibuti, ganhou face ao favorito Raila Odinga do Quénia, sucedendo assim a
Moussa Faki Mahamat, do Chade, que nos últimos oito anos ocupou este lugar.
Mahamoud Ali Youssouf é ministro dos Negócios Estrangeiros do
Djibuto desde 2005 e conta com mais de 30 anos de experiência diplomática. É um
grande conhecedor dos corredores da União Africana, sendo uma figura respeitada
em todo o continente. É também um poliglota que se exprime em árabe, inglês e
francês.
Raila Odinga, antigo primeiro-ministro queniano e candidato às
eleições presidenciais tinha inicialmente conseguido mais apoios, mas esses
apoios acabaram por cair na altura da votação secreta levada à cabo na reunião
plenária desta tarde na Cimeira da União Africana. Youssouf foi eleito com
33 votos em 48 possíveis.
Outra batalha renhida foi pela vice-presidência que era
disputada entre os países da África do Norte. Quem acabou por levar a melhor
foi Selma Malika Haddadi, até agora embaixadora da Argélia na Etiópia.
Latifa Akharbach, candidata de Marrocos, foi derrotada após seis rondas de
voto.
Para o ministro angolano dos Negócios Estrangeiros, Tete
António, a liderança da Comissão ficou bem entregue, algo importante já que nos
próximos 12 meses, detendo a presidência da União Africana, Angola vai
trabalhar de perto com estes novos líderes da organização.
"É com esta comissão que vamos trabalhar. Penso que fica
bem entregue, os dois reúnem capacidades reconhecidas e são pessoas que
conhecem a casa, por isso não vão aprender o ABC nem da Comissão, nem da União
Africana. Portanto, penso que está bem entregue", concluiu o ministro dos Negócios
Estrangeiros angolano.ANG/RFI
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