Hungria/ Governo critica parceiros da UE por novas sanções contra Moscovo
Bissau, 20 Fev 25 (ANG) - A Hungria criticou esta
quarta-feira os parceiros da União Europeia (UE) por aplicarem novas sanções
contra a Rússia sem terem em conta as conversações russo-americanas sobre a
guerra na Ucrânia.
A presidência polaca da UE e os burocratas de Bruxelas, com o
apoio entusiástico de muitos Estados-membros, adotaram novas medidas punitivas,
desafiando a nova realidade", declarou o chefe da diplomacia húngara,
Péter Szijjártó, citado pela agência espanhola EFE.
O ministro húngaro encontra-se de visita a Washington e fez os
comentários nas redes sociais, depois de a UE, incluindo a Hungria, ter chegado
hoje a um acordo político sobre um novo pacote de sanções contra a Rússia.
O pacote será formalmente adotado na segunda-feira, 24 de
fevereiro, por ocasião do terceiro aniversário da invasão russa da Ucrânia.
Szijjártó referiu que "o tempo das sanções passou e surgiu
uma nova realidade", marcada pelas negociações entre os Estados Unidos e a
Rússia sobre a Ucrânia, que, em sua opinião, "estão a evoluir de forma
bastante promissora".
O ministro húngaro manifestou a esperança de que as relações
entre Washington e Moscovo melhorem de tal forma no futuro que "as
políticas de sanções possam ser esquecidas".
O 16.º pacote de sanções inclui, entre outras, medidas contra a
chamada "frota fantasma" de navios que ajudam Moscovo a escapar às
sanções sobre o petróleo.
Inclui também a proibição das importações de alumínio da Rússia
e das exportações de petróleo bruto e de serviços de refinação de gás, segundo
fontes diplomáticas.
O Governo do primeiro-ministro ultranacionalista Viktor Orbán,
considerado um aliado de Moscovo e do novo Presidente norte-americano, Donald
Trump, é muito crítico das sanções contra a Rússia, embora acabe sempre por
aprová-las no seio da UE. ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário