Costa do
Marfim/OMS apela à vacinação de todas as crianças
para erradicar poliomielite em África
Bissau, 27 Out 25 (ANG) – A Organização Mundial da Saúde (OMS) acaba
de lançar um apelo renovado à ação coletiva para erradicar a poliomielite na
África, por ocasião do Dia Mundial da Poliomielite, celebrado este ano sob o
tema “Erradicar a poliomielite: cada criança, uma vacina, em todos os lugares”.
Em sua mensagem nesta ocasião, o Diretor Regional da OMS para a
África, Dr. Mohamed Yakub Janabi, saudou o progresso feito no continente graças
à cooperação transfronteiriça, ao fortalecimento da vigilância epidemiológica e
ao uso crescente de ferramentas digitais para melhorar a cobertura e a equidade
da vacinação.
Entre janeiro e outubro de 2025, quinze países africanos
administraram pelo menos uma dose da vacina contra a poliomielite a quase 200
milhões de crianças em campanhas sincronizadas. No Chifre da África, incluindo
Djibuti, Etiópia, Quênia e Somália, mais de 18 milhões de crianças foram
vacinadas em duas rodadas consecutivas, ilustrando o impacto da cooperação
regional.
Progressos notáveis também foram observados na Bacia do Lago
Chade e no Sahel, onde os países lançaram uma campanha conjunta em abril para
proteger 83 milhões de crianças em comunidades fronteiriças. Esses esforços
conjuntos contribuíram para uma redução de 54% nas detecções de poliovírus e
para uma diminuição no número de países afetados, de 24 em 2024 para 14 em
2025.
Segundo o Dr. Janabi, esse progresso também depende do
fortalecimento dos laboratórios africanos, vários dos quais desenvolveram
capacidades de sequenciamento genômico graças ao apoio da OMS. Além disso, 98%
dos países da região agora contam com um sistema de monitoramento ambiental de
águas residuais para detecção precoce do vírus.
No entanto, o funcionário da ONU alertou para os desafios
persistentes relacionados à queda na cobertura vacinal de rotina, à insegurança
em algumas áreas e à hesitação em relação à vacinação. Ele instou os governos
africanos a manterem a coordenação transfronteiriça, a atingirem crianças com
"dose zero" e a fortalecerem a resposta a surtos de doenças.
"Embora o último quilômetro seja sempre o mais difícil,
também é o mais decisivo. Este Dia Mundial da Pólio deve ser um momento para
renovar nosso compromisso coletivo de garantir que nenhuma criança seja deixada
para trás", concluiu o Dr. Janabi.ANG/Faapa

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