Direitos Humanos/LGDH condena a intervenção das Forças de Segurança
contra exercício religioso em Cuntuba
Bissau,
17 Mai 21 (ANG) - A Liga Guineense dos Direitos Humanos condenou a intervenção
das Forças de Segurança que qualifica de “criminosa” numa tentativa de impedir
o exercício da liberdade religiosa na aldeia de Cuntuba região de Bafatá, leste
do país e que ressoltou em 9 feridos entre polícias e membros da referida
comunidade.
A
condenação vem expressa em comunicado à imprensa da LGDH à que a ANG teve
acesso hoje.
O
comunicado, citando informações
recolhidas pelas Células de Alerta Precoce da LGDH, refere que tudo aconteceu quando um grupo de Forças de segurança
invadiu a referida aldeia, em cumprimento de uma suposta ordem superior, para
impedir a realização das orações de Ramadão, assinalada pela maioria da
comunidade islâmica do país no dia 13 de Maio.
Na nota,
a LGDH exigiu do Ministério Público a abertura de um inquérito “urgente e
transparente” com vista a responsabilização criminal de todos os envolvidos no que
considera de “vergonhoso acto”.
A LGDH
exige a demissão imediata do Ministro do Interior e de todos os responsáveis
pela segurança daquele Ministério, pela incapacidade que têm vindo a revelar de
garantir a segurança às pessoas e aos seus patrimónios na Guiné-Bissau, sem
interferência arbitrária na esfera privada dos cidadãos .
A LGDH ainda
exigiu ao Estado a assunção das despesas de assistência médica e medicamentosa
de todas as vítimas, e declara a sua
solidariedade para com as vítimas, disponibilizando-se a prestar
assistência jurídica às mesmas.
De acordo com o jornal O democrata, o Comissário Provincial da
Polícia da Ordem Pública de Bafatá, (POP) e mais alguns agentes da polícia foram
agredidos com pauladas e outros objetos na manhã da passada sexta-feira, 14 de
Maio de 2021, por populares da aldeia
de Contuba, no setor de Ganado, região de Bafatá, no leste da
Guiné-Bissau.
Segundo
o jornal que cita o responsável da organização da sociedade civil na região,
não identificado, os populares terão decidido fazer a reza de “Eid Mubarak – Ramadã”
na manhã de sexta-feira passada, ao contrário da maioria das aldeias da região
e do país que rezou no dia anterior ou seja na quinta-feira).ANG/MI/ÂC//SG
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