França/Macron nomeia Sébastien Lecornu como novo
primeiro-ministro
Bissau, 10 set 25(ANG) - O
Presidente francês, Emmanuel Macron, nomeou esta terça-feira, 9 de Setembro,
Sébastien Lecornu, ministro da Defesa cessante, como novo
primeiro-ministro de França.
Segundo o comunicado
do Palácio do Eliseu, Sébastien Lecornu terá como primeira missão consultar os partidos políticos representados
no Parlamento, com o objectivo de "construir os acordos indispensáveis às decisões dos próximos meses".
A presidência
francesa sublinhou que o novo chefe do governo foi encarregado de negociar com as forças políticas tendo
em vista a aprovação do orçamento do Estado, uma das prioridades imediatas do
Executivo.
«Na sequência dessas
discussões, caberá ao novo Primeiro-Ministro propor ao Presidente da República
a composição do novo Governo», acrescenta o Eliseu.
A nomeação de
Sébastien Lecornu surge num contexto político marcado por divisões e pela
necessidade urgente de criar consensos na Assembleia Nacional, onde o partido
de Emmanuel Macron não detém maioria absoluta.
A reacção da oposição
não se fez esperar. Numa nota divulgada à imprensa, o Partido Socialista (PS)
afirmou que Emmanuel Macron "assume o risco de uma legítima agitação social e do bloqueio
institucional do país", marcado para amanhã, 10 de
Setembro.
O PS declarou
que, "sem justiça social,
fiscal e ecológica, sem medidas para o poder de compra, as mesmas causas
produzirão os mesmos efeitos", sublinhando o risco de repetição dos
erros políticos do passado recente.
Do lado da França
Insubmissa (LFI), a crítica foi ainda mais dura. A líder parlamentar do
partido, Mathilde Panot, considerou a nomeação "uma provocação", sobretudo
por ter ocorrido na véspera das
mobilizações sociais agendadas para 10 de Setembro.
A líder histórica do
partido, Marine Le Pen,
também criticou a nomeação, antecipando um impasse político:
"Este é um erro que levará inevitavelmente a futuras eleições
legislativas", afirmou, prevendo
uma dissolução como única saída para o bloqueio institucional.
Por seu lado, a
direita tradicional manifestou uma posição mais conciliatória. O presidente
dos Republicanos (LR) e
ministro do Interior cessante, Bruno
Retailleau, declarou-se disponível
para "encontrar acordos" com o novo primeiro-ministro, com
vista à construção de uma "maioria
nacional".
Gabriel Attal, secretário-geral do partido presidencial Renaissance e antigo primeiro-ministro, expressou publicamente o seu apoio a Sébastien Lecornu e formulou votos de sucesso na nova missão.ANG/RFI

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