sexta-feira, 8 de novembro de 2013




Presidente da Nigéria já está em Bissau

Bissau, 08 Nov. 13 (ANG) - Presidente da República Federal da Nigéria chegou esta manhã à cidade de Bissau, para uma visita oficial de 9 horas.

Goodluck Jonathan foi recebido pelo seu homólogo guineense, o Presidente de Transição Manuel Serifo Nhamajo, com quem abordou, sobretudo o desenrolar do processo de transição na Guiné-Bissau.

Logo após a sua chegada, Presidente Goodluck Jonathan foi depositar uma coroa de flores junto ao túmulo de Amílcar Cabral, na Fortaleza da Amura, em Bissau.

Este evento foi seguido da sua deslocação à sede da Assembleia Nacional Popular guineense, onde discursou perante os deputados da nação.

No seu discurso, o chefe de estado nigeriano pediu à União Africana e à Uniao Europeia o levantamento de sanções contra a Guiné-Bissau, como forma de minimizar o sofrimento do povo guineense e prometeu a continuação dos apoios técnicos e financeiros da CEDEAO e da Nigéria.

Entretanto, à luz dos acontecimentos que culminaram com o assassinato de um cidadão nigeriano, Goodluck Jonathan pediu às autoridades do país no sentido de responsabilização dos autores desse crime a 8 de Outubro, assim como da vandalização da embaixada da Nigéria na Guiné-Bissau. Todavia, ele garantiu que esses incidentes do mês passado não irão afectar as relações entre Abuja e Bissau.

A agenda do Presidente nigeriano prevê também encontros com o PRT Manuel Serifo Nhamajo e outros elementos do Governo de Transição.

Antes de deixar o país, Goodluck Jonathan terá um encontro com a comunidade nigeriana residente em Bissau e participará numa conferência de imprensa conjunta a ter lugar no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira.

ANG/JAM

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Visita do Presidente da Nigéria



CMB e POP contra estacionamentos na Avenida Combatentes da Liberdade da Pátria

Bissau, 07 Nov. 13 – ANG – o Vice-presidente da Câmara Municipal de Bissau, Marciano Indi anunciou a proibição temporária, com inicio a parti de hoje a tarde, de estacionamento de viaturas ao longo da Avenida Combatentes da Liberdade da Pátria.

Marciano Indi, justificou a decisão com a necessidade de descongestionar a via publica e facilitar a circulação do cortejo durante a recepção do presidente da república da Nigéria, Goodluck Jonathan, que visita o país sexta-feira.

“É uma medida de segurança”, explicou ainda o vice-presidente que aproveitou para lembrar que o mercado central precisa de ser reconstruído para poder criar mais espaços para estacionamento das viaturas nas vias públicas.

“Qualquer viatura estacionado na via pública, quer tenha ou não problemas, será objecto de multa num montante ainda por definir,” avisou tendo acrescentado que a aplicação da medida será levada a cabo pela polícia de Ordem Pública em colaboração com a polícia de Camarária.

ANG/FGS

Negócios



Venda de sacos de papéis processa lentamente, lamenta Director Geral da INACEP

Bissau, 07 Nov.13 (ANG) – O Director Geral da INACEP, lamentou hoje o facto das encomendas de sacos de papéis produzidos naquela instituição em alternativa ao uso de sacos de plástico, estejam a processar num ritmo bastante lento.

Em entrevista exclusiva à ANG, Victor Cassamá sublinhou que depois do lançamento oficial dos sacos de papéis em princípio do mês de Setembro do ano em curso, notou-se uma fraca procura desse produto.

“Até essa altura, só temos um número de três ou quatro encomendas. No entanto, estamos abertos a qualquer pedido porque a empresa tem capacidades para responder a todas as solicitações”, realçou.

Cassamá salientou que, para fazer aumentar a procura desse produto, a INACEP, pretende levar a cabo um estudo do mercado, pois as pessoas ainda não têm a cultura do uso de sacos, devido ao seu baixo nível de vida.

O Director Geral da INACEP revelou que, as suas previsões era produzir mas de 500 mil sacos num horizonte temporal de três meses, mas que infelizmente, até o momento, ainda nem sequer atingiram quatro mil.

 “A INACEP em capacidades para produzir todos os tipos de sacos. Temos acordos de parceria no exterior e se houver qualquer encomenda que a INACEP não possa produzir internamente, envia o pedido ao exterior, para num período de 72 horas ou o mais tardar uma semana tê-la em mãos”, explicou.

 “Estamos a crer que, a partir do próximo mês de Dezembro, vamos ter mais clientes porque já é véspera da quadra festiva, pelo que esperemos que aparecerá mais compradores dos nossos sacos”.

ANG/FESM/ÂC/JAM


Agressão a Orlando Viegas



Espancamento de Ministro de Estado pode afectar credibilidade do Governo, diz João de Barros

Bissau, 07 de Nov. 13 – (ANG) – O espancamento de que foi alvo o Ministro de Estado dos Transportes e Telecomunicações, Orlando Mendes Veiga, no passado dia 05, na sua residência no alto Bandim, pode pôr em causa a credibilidade do Governo de Transição.

A opinião é do analista político e editor do jornal “Expresso Bissau”, ao ser convidado pela ANG a comentar aos recentes desenvolvimentos que culminaram com actos de espancamento contra Orlando Viegas e a vandalização da sede da UPG de Fernando Vaz.

“Sendo um Ministro de Estado e um dos vice-presidentes do Partido da Renovação Social, demonstra que existe um Poder paralelo "regulador" de transição, que além de demonstrar a sua parte brutal, deixa indicios que poderá haver mais casos”, explicou João de Barros.

O analista politico esclareceu que tal Poder esta ligado com aquilo que, segundo ele, se possa chamar de "fonte de riqueza ou rendimentos", e são consequências lógicas e naturais do golpe de estado de 12 de Abril do ano passado, aliás de todos os outros conflitos político/militar recorrente no País nos últimos tempo.

Desde golpe de Estado de 12 de abrir não emergiu nenhuma figura política com credibilidade para liderar o processo, dai que, acrescentou, sem um líder credível nesta transição, o País está a ser gerido por uma espécie de "mandjuadade", onde praticamente ninguém é ninguém.

“Se houvesse um agente regulador que pudesse, de uma forma ou de outra, disciplinar os interesses individuais ou de grupos com capacidade de fazer politica de boa gestão e abrangente, provavelmente a situação seria outra”, indicou João de Barros.

“Assistimos desde o inicio da transição a espancamentos de pessoas e houve congratulação e apoio por parte de muitos actores políticos do país, estamos num sistema politicamente dinâmico de constante alteração de posicionamento de figuras, é natural que este ritmo de alteração de interesses e clivagens a situação pode piora”, explicou advertindo que este não será o último acto deste género que o país vai assistir.

Em termos de conclusão referiu-se ao Presidente da Republica como  quem está ausente nas grandes questões do Estado, o que constitui um dos enormes problemas.

Por vezes funciona como presidente da Republica devidamente legitimado nas urnas e em exercício normal das suas actividades, mas por outro lado opera como presidente da Republica anormal.

“Será que o país se encontra em condição de ir as eleições, neste ambiente de desconfiança generalizada entre as forças vivas do país” questionou João de Barros.

ANG – MSC/JAM

Agressão


LGDH apela Governo a por fim a violência que pode comprometer período de Transição

Bissau, 07 Nov. 13 (ANG) - A Liga Guineense de Direitos Humanos (LGDH) apelou esta quarta-feira o Governo de Transição, para por cobro de uma vez, os sistemáticos actos de violência que podem comprometer o sensível período de transição em curso. 

Num comunicado emitido e entregue a imprensa, aquela organização de defesa dos direitos humanos referia-se assim a onda de agressões que tem ocorrido no país nos últimos tempos, a ultima das quais o espancamento do Ministro dos Transportes e Comunicações, Orlando Mendes Veiga.

A LGDH que diz que tal evidência de forma inequívoca o espiral da violência e a insegurança generalizada no país, exigiu imediata abertura de um inquérito conclusivo, para apurar e traduzir os responsáveis por este acto a justiça.

Igualmente, a organização humanitária instou ao executivo para trazer a luz as alegadas agressões físicas contra os mancebos verificadas recentemente no centro de Instruções Militar de Cumeré. 

De acordo com o documento, os autores destes actos devem ser responsabilizados face aos agentes de defesas e segurança que ficaram gravemente feridos durante o processo de formação.

A liga finda o documento questionando sobre a pertinência da permanência e a eficácia da força de alerta - ECOMIB na Guiné-Bissau, cujo mandato se resume na manutenção de segurança e protecção dos cidadãos no período de Transição, porém, mesmo com a presença desta corporação de dissuasão instalada há mais de um ano as violações somam-se a cada dia que passa.  

ANG/LLA/JAM