Política/ECPD exorta CEDEAO ao respeito dos princípios fundamentais que sustentam a organização
Bissau, 04 Mai 22 (ANG) – O
Espaço de Concertação dos Partidos Democráticos (ECPD) exortou a CEDEAO o
respeito aos princípios fundamentais que sustentam a organização, proclamados
no artigo 4º do tratado, nomeadamente a igualdade e interdepedência dos Estados
membros, resolução pacífica dos diferendos e respeito, promoção e proteção dos
direitos dos povos.
A informação consta no
comunicado do ECPD, constituiídos pelo Partido Africano da Independência da
Guiné e Cabo Verde(PAIGC), União para Mudança(UM), Partido da Convergência
Democrática(PCD), Partido Socila Democrática(PSD) Movimento Democrático
Guineense(MDG) e Movimento Patriótico Guineense(Partido Manifesto de Povo(PMP),
à que a ANG teve hoje acesso.
Na missiva, o Espaço exige que a Assembleia Nacional
Popular(ANP) seja ouvida e a sua resolução levada em conta na determinação do mandato e constituição de qualquer
eventual força a estacionar no território nacional.
No comunicado, o ECPD condena
o que diz serem sinais de desprezo e
desconsideração à soberania da República da Guiné-Bissau, por parte das
entidades promotoras da decisão.
Refere que a soberania da Guiné-Bissau resulta de
sacrefícios consentidos, incluindo a
perda de vidas humanas, por mulheres e homens conscientes do valor da sua
liberdade.
Acrescenta que, em
consequência e caso a ANP aprove a intenção de enviar uma força de
estabilização, que seja excluida a integração de militares dos países
limítrofes, para prevenir todos os riscos de interpretação duvidosa dos
propósitos e não beliscar a preservação
da boa vizinhança, fraternidade e cooperação
que se deve desenvolver para o reforço das relações propícias à manutenção da paz, da estabilidade e da
segurança na Região.
Por outro lado, o ECPD
exorta as instâncias da comunidade internacional, parceira da Guiné-Bissau nomeadamente
a CEDEAO, UA, UE, CPLP e a ONU, a consagrarem uma maior atenção à este quadro
disponibilizando assistência possivel e necessária para o esclarecimento de
todas as situações prevalecentes.
Ainda em comunicado, o ECPD
saudou as Forças Armadas Revolucinárias do Povo manifestando-lhes todo o apoio e
solidariedade e encoraja-as a manterem firmes e vigilantes , em defesa da sua
honra e do seu juramento.
Encoraja a população
guineense no país e na diáspora a se manter vigilante e mobilizada em torno das
organizações políticas e da sociedade civil para exigir continuamente a
consolidação do Estado de direito Democrático, na Guiné-Bissau, através da
preservação das liberdades civis e dos direitos políticos de cidadãos.
Segundo o ECPD, a primeira entrada de militares
estrangeiros no território nacional ocorreu em 1998, por solicitação do então
presidente João Bernardo Vieira (Nino) aos vizinhos do Senegal e da Guiné-Conacri,
ao abrigo de um presumível acordo para o efeito.
Acrescenta que tal acordo
era do desconhecimento geral e que não colheu o aval da Assembleia Nacional
Popular (ANP), o que o levou ao repúdio
generalizado da população, e aos “acontecimentos de muito má memória” para o
povo guineense, denominados " Guerra de 7 de Junho". ANG/MI/ÂC//SG