sexta-feira, 6 de maio de 2022

  UNESCO/Festa do Dia Mundial da Língua Portuguesa invade sede  em Paris

Bissau, 06 Mai 22 (ANG) - Manifestações culturais da Guiné-Bissau, Cabo Verde, Angola, Moçambique, Brasil e Portugal subiram quinta-feira ao palco na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em Paris, para assinalar o Dia Mundial da Língua Portuguesa.

No fim da tarde de quinta-feira, a sede da UNESCO em Paris recebeu a primeira comemoração oficial do Dia Mundial da Língua Portuguesa, já que apesar de este dia ter sido adicionada às agendas mundiais no dinal de 2019, a pandemia impediu qualquer comemoração física até agora.

"Este evento é um presente da comunidade da língua portuguesa à UNESCO que nos trata bem e para a qual nós somos um grupo importante e sempre presente, então é uma relação muito boa", disse Santiago Irazabal Mourão, embaixador do Brasil na UNESCO.

O ministro Filipe Zau, que detém a pasta da Cultura em Angola, considera que estas celebrações são "um passo considerável" para o reconhecimento do português nas organizações internacionais.

"A questão da língua portuguesa, como começa a ser valorizada, é um passo considerável para que as organizações internacionais comecem a adotar esta língua que é extremamente representativa, não só na Europa, mas em África e na América Latina, assim como nas nossas diásporas", sublinhou o ministro angolano que esteve na capital francesa para acompanhar a celebração.

Em Paris esteve também Maria Eugénia Neto, viúva de Agostinho Neto. O homem político e poeta completaria este ano 100 anos de vida e a UNESCO associou-se às comemorações do centenário desta figura maior da política e cultura angolanas.

"Ele foi um grande poeta, um grande lutador pela liberdade e pela amizade entre os povos e é um bom represente da UNESCO. É uma das principais figuras do século XX. Ele podia ter feito a sua vida sem se preocupar com ninguém e sacrificou tudo pela independência de Angola, pela independência de África que era a luta dele", ressalvou. ANG/RFI

 

 

 

Saúde Pública/ Ministro defende  recuperação do “Hospital 3 de Agosto”, inoperacional há 24 anos

Bissau, 06 Mai 22(ANG) – O ministro da Saúde Pública defendeu hoje  a necessidade de recuperação do “Hospital 03 de Agosto” por forma a melhorar o atendimento médico no país.

Dionísio Cumba que falava recentemente à imprensa, no acto de entrega de um conjunto de equipamentos ao Hospital Nacional Simão Mendes(HNSM), composto por um aparelho para mamografia, cinco concentradores respiratórios de Oxigénio, cinco monitores multiparamétricos para os cuidados intensivos e 10 frigoríficos.

Segundo o Jornal Nô Pintcha, os equipamentos  entregues foram adquiridos pela Fundação Italiana  Rouhil Tablet, na sequência de uma Gala realizada em Italia, no dia 18 de Fervereiro último, na qual participou o ministro da Saúde Pública guineense.

Dionísio Cumba sustentou que a recuperação do “hospital 03 de Agosto”,  vai permitir a redução do fluxo dos doentes que procuram os diferentes serviços de cuidados médicos, quer no hospital Simão Mendes assim como  no Hospital Militar.

Questionado sobre para quando e onde será construída o novo Hospital de referência no país, o governante disse que pode ser em Bissau, com possibilidade de ser nas antigas instalações do “Hospital 03 de Agosto”, distruído durante o conflito politico militar de 07 de junho de 1998.

“Ficará melhor em Bissau, por ter concentrado o maior número da população, mas com apenas dois hospitais, nomeadamente Simão Mendes e  Militar “Sino Guinnese”, que, à um dado momento, não conseguem atender os doentes que procuram os seus respectivos serviços”, disse o ministro da Saúde.

Dionísio Cumba acrescentou que,contudo, cabe ao executivo tomar decição final sobre onde será construido o hospital em causa, no âmbito da sua política de modernização do sector.

O titular da pasta de saúde informou na ocasião que o referido hospital terá a capacidade de internamento de 600 doentes e que  o  seu maquete já está nas mãos do governo.

Segundo o ministro, as autoridades governamentais estão agora a estudar a forma de encontrar o financiamento para execução do projecto.

Em representação da Fundação Roulh Tablet, Leonardo Garrili revelou que os equipamentos entregues ao HNSM foram adquiridos num valor estimado em cerca de 730 mil euros.

O donativo, segundo o Director-geral do Hospital Simão Mendes, Silvio Coelho vai facilitar o acompanhamento das acções de modernização do estabelecimento sanitário, e reforçar a capacidade e condições de trabalho dos profissionais.

“Os monitories vão ajudar não só em aferir os parâmetros dos sinais vitais mas também  acompanhar de perto o estado clínico dos doentes”, explicou o Director-geral.

Silvio Coelho revelou que  desde  que o “hospital 03 de Agosto” deixou de funcionar, não se realizaram mais cirurgias com aplicação de fixadores, e diz que, com  a chegada desses equipamentos, o país já tem condições para dar resposta à vários problemas sintomatológicos dos doentes.ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

 

     Vaticano/Papa diz que guerra "sem sentido" ameaça o mundo inteiro

Bissau, 06 Mai 22 (ANG) - O Papa Francisco declarou hoje que a guerra na Ucrânia é tão "cruel e sem sentido" como qualquer outra, mas o conflito que se arrasta há mais de dois meses "tem uma dimensão maior e ameaça o mundo inteiro".

Mesmo antes do fim da pandemia (de covid-19), o mundo inteiro deparou-se com um novo e trágico desafio: a guerra na Ucrânia. Após o fim da II Guerra Mundial, nunca houve escassez de guerras regionais, ao ponto de, por vezes, falar-se de uma III Guerra Mundial", disse o Papa aos participantes na sessão plenária do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

"No entanto, esta guerra, tão cruel e sem sentido como qualquer outra, tem uma dimensão maior e ameaça o mundo inteiro, e não pode deixar de despertar a consciência de cada cristão e de cada Igreja", acrescentou.

O Papa deixou uma pergunta: "O que as Igrejas fizeram e podem fazer para contribuir para o desenvolvimento de uma comunidade mundial, capaz de alcançar a fraternidade dos povos e nações que vivem a amizade social?".

Francisco, que tem condenado a guerra na Ucrânia em várias ocasiões, mostrou a disposição do Vaticano de "fazer todo o possível" para ajudar a alcançar uma solução pacífica.

O líder da Igreja Católica pediu uma reunião com o Presidente russo, Vladimir Putin, em Moscovo, para lhe pedir que trave o conflito, mas ainda não recebeu uma resposta, segundo disse numa recente entrevista ao jornal "Corriere della Sera".

O Papa explicou, então, que conversou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas ainda não falou com Putin, e que, após 20 dias de guerra, pediu ao secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, que enviasse ao Presidente russo a mensagem de que estava pronto para ir a Moscovo.

Hoje, no seu discurso perante os membros do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Francisco sublinhou que "diante da barbárie da guerra, este desejo de unidade deve ser nutrido novamente" e que "ignorar as divisões entre os cristãos, por costume ou resignação, significa tolerar aquela contaminação dos corações que torna o terreno fértil para o conflito".

"A proclamação do evangelho da paz, aquele evangelho que desarma os corações diante dos exércitos, só será credível se for proclamado por cristãos finalmente reconciliados em Jesus, o Príncipe da Paz; cristãos animados pela sua mensagem de amor e fraternidade universal, que vai além dos limites de sua própria comunidade e nação", afirmou.

Nesse sentido, destacou que a celebração em 2025 do 1.700º aniversário do Primeiro Concílio de Nicéia, coincidindo com o próximo Jubileu, servirá para "conduzir a novos passos concretos até ao objectivo de restaurar plenamente a unidade dos cristãos".ANG/Angop

 

Agriculltura/Ministro da Agricultura promete recuperação  da bolanha  de Yussi não cultivada há mais de 40 anos

Bissau, 06 Mai 22(ANG) – O ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural(MADR) prometeu, recentemente, a recuperação da bolanha  da tabanca de Yussi, no sector de Tite, Sul do país, noticiou a rádio África FM. 

Marciano Silva Barbeiro falava aos jornalistas, no fim da sua visita às regiões de  Bafatá, Gabu e Quinará, durante  dois dias, durante os quais  se inteirou da situação das bolanhas daquelas zonas.

A economia da Guiné-Bissau, diz Marciano Barbeiro, depende em mais de 80 por cento da agricultura, tanto em termos de emprego assim como em termos de alimentação .

Em nome dos  camponeses, do sector de Tite, Rui Bissunhana  afirmou que desde 1990 até a data presente aquela bolanha  não foi cultivada, devido a subida do nível de água.

Rui Bissunhana disse que solicitaram, várias vezes, apoio do governo para reabilitação daquela bolanha  mas que nunca conseguiram .

A Bolanha de Yussi  tem cerca de cinco  mil hectares e não é cultivada há mais de 40 anos devido as inundações.ANG/JD/ÂC//SG

 


        Mali/Guterres defende força africana com mandato robusto da ONU

Bissau, 06 Mai 22 (ANG) -  O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, defendeu quinta-feira a necessidade de uma missão internacional no Mali para evitar o colapso do país, propondo uma força africana com um mandato mais robusto da ONU.


O Conselho de Segurança deverá considerar em junho a renovação do mandato da Missão das Nações Unidas no Mali (Minusma), que foi criada em 2013 e conta com cerca de 13 mil soldados e milhares de agentes policiais e civis no país, que tem sido abalado pela violência, particularmente a extremista.

O debate terá lugar à luz da evolução verificada desde a renovação da força em Junho de 2021 por um ano: o anúncio da retirada das forças francesas e europeias, a chegada de centenas de russos apresentados por Bamaco como instrutores e pela França e seus aliados como mercenários, e a junta militar, que se mantém no poder apesar do seu compromisso inicial de organizar eleições em Fevereiro de 2022.

"A situação real é que, sem a Minusma, o risco de colapso do país seria enorme", disse António Guterres, quando questionado se iria pedir a renovação do mandato de Minusma, numa entrevista da rádio francesa RFI e citada pela agência noticiosa France Presse.

"Não vou propor que terminemos esta missão, porque penso que as consequências seriam terríveis. Mas está a ter lugar em circunstâncias que realmente exigiriam, [não] uma força de manutenção da paz, mas uma robusta força de imposição da paz e de combate ao terrorismo", afirmou Guterres.

Esta "força robusta", sustentou, "deve ser uma força africana, da União Africana, mas com um mandato do Conselho de Segurança ao abrigo do Capítulo 7 e com financiamento obrigatório".

O Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas permite o uso da força armada no caso de uma ameaça à paz.

Os países africanos são os maiores contribuintes de tropas para a Minusma, missão que tem sido criticada pelo seu mandato limitado, com vários líderes africanos a apelar a prerrogativas mais fortes.

Guterres admite que a tarefa é difícil.

O facto de a missão da ONU no Mali ter perdido mais agentes de manutenção da paz em 2021 do que todas as outras missões das Nações Unidas no mundo, "é uma situação realmente difícil" para a organização, admitiu.

Cerca de 170 soldados da paz da ONU foram mortos desde 2013 em ataques perpetrados por extremistas ou em explosões de bombas artesanais.

Por outro lado, Guterres reconheceu existir "uma cooperação muito difícil" entre a Minusma e o exército maliano em matéria de direitos humanos.

A missão da ONU continua à espera da autorização das autoridades para enviar os seus peritos para a cidade central de Moura, cenário do que a organização Human Rights Watch descreve como o massacre de 300 civis por soldados malianos associados a combatentes estrangeiros, possivelmente russos, no mês passado.

O exército do Mali nega e reivindica a eliminação de mais de 200 extremistas.

A recente criação, pela junta militar no poder no Mali, de uma vasta zona de exclusão aérea também complica as operações da Minusma, que tem de pedir autorização para voar para lá.

A deterioração das relações entre o Mali, a França e os seus aliados levanta também questões sobre as repercussões para a Minusma e se poderá ficar em causa o direito que o Conselho de Segurança da ONU confere às forças armadas de prestar apoio à Minusma no caso de uma "ameaça grave e iminente". ANG/Angop

 

quinta-feira, 5 de maio de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

10º Congresso Médicos CPLP/Ministro da Saúde defende que o país precisa de parceiros para colmatar  problemas que o sector enfrenta

Bissau, 05 Mai 22 (ANG) – O ministro da Saúde Pública (MSP) defendeu hoje  que país precisa de parceiros da comunidade lusófona, de que faz parte, para ultrapassar as dificuldades  que o  sector da Saúde Pública enfrenta.

Dionísio Cumba falava, hoje , na cerimónia de encerramento de 10º Congresso de Comunidade Médica de Lingua Portuguêsa que decorria sob o lema: “Saúde Lusofona No Pôs-Pandemia-2022, desde quarta-feira, em Bissau.

O governante disse que, apesar de a Guiné-Bissau ser  um país que precisa de apoio de seus parceiros do sector para evoluir, também tem trabalhado para acompanhar a evolução mundial da saúde pública.

“O país vai precisar de apoios dos médicos da comunidade para melhorar as diferentes áreas, e sobretudo para especialização dos seus técnicos”, disse Cumba.

Segundo o ministro da Saúde Pública, o Governo da Guiné-Bissau, está  a trabalhar num projecto para o reforço da capacidade humana, apos ter feito uma intervenção  na recuperação da estrutura do maior Centro Hospitalar do país, que entretanto, segundo Dionísio Cumba, ainda precisa ter serviços melhorados nas mesmas estruturas.

Cumba aproveitou o momento para convidar os técnicos de saúde da comunidade lusófona presentes no congresso para visitarem sempre o país e prestarem apoios necessários.

Por seu turno, o Alto Comissariado para a Covid-19, Tumane Baldé advertiu aos participantes que, constituindo uma família lusófona, uma das obrigatoriedades de todos é manter o espaço e unir os respetivos  povos, para o bem dos seus filhos, e para que a língua portuguêsa e a cultura lusófona sejam, daqui a mil anos,  presentes.

“E para que isso aconteça, os mais fortes dentro da comunidade, têm um papel importante de ajudar os mais fracos”, referiu Tumane Baldé.

Segundo  a médica cirurgiã, dentista e especialista em emplante dentária, Elizabete Augusto Lé,  as conclusões e recomendações adoptadas durante dois dias do congresso, têm a ver com a capacitação dos técnicos de saúde guineense , nos próximos tempos.

Decidiu-se, segundo ela, o reforço de treinamentos do pessoal médico, em diversas áreas em que a Guiné-Bissau se ressente de maiores carências.

Durante dois dias de congresso foram debatidos temas como saúde Lusófona-Pós-Pandemia, violência no exercício da medicina, língua como factor de coesão e a capacitação e o desenvolvimento do capital humano, entre outros.

Participaram no evento, Bastonários da Ordem de Médicos dos Países de Língua Portuguesa,  Directores dos hospitais e representantes de Organismos Internacionais.ANG/LLA/ÂC//SG  

       

CPLP/Processo de ractificação do acordo de mobilidade se espera concluído “muito em breve” – secretário executivo

Bissau, 05 Mai 22(ANG) – O Acordo sobre a Mobilidade na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) é um processo cujo ractificação se espera concluído em todos os Estados-membros “muito em breve”, prespectivou o secretário executivo da organização, Zacarias Costa.

À Inforpress, em Lisboa, no âmbito do Dia Mundial da Língua Portuguesa, hoje assinalado, sob o lema “Cultura, Língua, Economia, Ciência e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável”, o responsável sublinhou que a língua portuguesa é a matriz fundacional da CPLP.

Segundo ele, o português afirma-se como uma língua comunicação global e está entre a quarta e a quinta línguas mais faladas no mundo, é a primeira língua no hemisfério Sul, a sua utilização na Internet está em “franca ascensão”, e é a língua oficial ou de trabalho em mais de 30 organizações internacionais.

“É igualmente importante referir que a adopção do Acordo sobre a Mobilidade na CPLP, cujo processo de ratificação se espera concluído em todos os Estados-membros muito em breve, permite estabelecer mecanismos facilitados de circulação para determinadas categorias de pessoas, como estudantes, docentes, empresários ou agentes culturais, contribuindo para o reforço do sentimento de pertença e para a circulação de pessoas e de ideias”, assegurou.

Para Zacarias Costa, a pertença dos Estados-membros a regiões geográficas distintas, em processos de integração económica, oferece também à CPLP a possibilidade de se estabelecer como uma plataforma estratégica de concertação pluricontinental, que se estende do Atlântico ao Pacífico, propiciando mais oportunidades de cooperação, de negócios e investimento.

A par com motivações diplomáticas, culturais e até por via das comunidades na diáspora, o secretário executivo entende que os observadores associados veem a CPLP como uma “potencial plataforma facilitadora” de parcerias económicas, cabendo também à organização, desenvolver os instrumentos que permitam “tirar maior partido dessa atractividade” da organização.

Zacarias Costa lembrou que na Cimeira de Luanda, em Julho de 2021, a CPLP decidiu a criação de um novo objectivo geral, de cooperação económica, assumindo este sector como uma prioridade para o mandato da presidência angolana (2021-2023), juntando-se aos objectivos gerais consagrados da concertação político-diplomática, da promoção e difusão da língua portuguesa e da cooperação.

“Estamos a dar passos importantes para consolidar uma acção concertada e estratégica nesse sentido, pois, a implementação do objectivo geral de cooperação económica requer a afirmação da CPLP enquanto um espaço de convergência ao nível do quadro regulatório, mais competitivo na atração de investimento e dinâmico ao nível das trocas comerciais”, frisou.

Desde logo, Zacarias Costa apontou a constituição do Fórum das Agências de Promoção do Comércio e Investimento da CPLP, em Fevereiro, e também, mais recentemente, no dia 29 de Abril, a Reunião Ministerial Tripartida Economia, Comércio e Finanças, que aprovou a “Agenda Estratégica para a consolidação da cooperação económica na CPLP 2022-2027”.

Neste documento, conforme o secretário executivo da CPLP, os ministros apontaram novos caminhos para a acção multilateral com vista a reforçar iniciativas já em curso em matéria de promoção do comércio e investimento, da capacitação institucional e empresarial, da melhoria dos mecanismos de financiamento e de apoio à internacionalização, bem como do reforço da competitividade e dos sistemas de propriedade industrial.

O Acordo sobre a Mobilidade define que a mobilidade na CPLP abrange os titulares de passaportes diplomáticos, oficiais, especiais e de serviço e os passaportes ordinários.

A questão da facilitação da circulação tem vindo a ser debatida na CPLP há cerca de duas décadas, mas teve um maior impulso com uma proposta mais concreta apresentada por Portugal na cimeira de Brasília, em 2016, e tornou-se a prioridade da presidência rotativa de Cabo Verde, de 2018 a 2021.

O acordo de mobilidade já foi ratificado por Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Portugal, Moçambique, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe. O processo está por concluir em Angola – onde já foi aprovado pelo parlamento -, e Guiné Equatorial.

ANG/Inforpress/Fim

 

Saúde/”A Inspecção Geral de Saúde não interfere na fixação de preços de medicamentos”, diz Benjamim Lourenço Dias

Bissau,05 Mai 22(ANG) – A Inspecção Geral de Saúde Pública não tem competência para  determinar os  preços de medicamentos que se comercializam nas farmácias, afirnou Benjamim Lourenço Dias, Inspector-geral.

Em entrevista exclusiva à ANG, sobre a falta de uniformização de preços de medicamentos em diferentes farmácias do país,Benjamim Dias  disse que essa competência é do Governo.

Aquele responsável disse que a missão da Inspecção Geral é de controlar e fiscalizar o que foi decidido pelo Governo ou qualquer outro serviço público ligada ao sector de saúde.

“É o Governo a quem compete definir a política de margem de preços, mas trata-se, de facto, de  uma preocupação da Inspecção Geral tendo em conta, as várias queixas que recebemos”, sublinhou.

A título de exemplo, Benjamin Lourenço Dias revelou que receberam queixa de um cidadão, que  comprou um medicamento no Senegal, no valor de três mil francos CFA e quando o referido medicamento esgotou, recorreu à uma farmácia aqui no país e disseram-lhe que o mesmo medicamento custa 15 mil francos CFA.

“Essa situação é lamentável, mas não existe nenhuma instituição para controlar os preços de medicamentos, porque não existe a política de margem de preços no país, à semelhança do que muitos países fazem”, disse.

O Inspector Geral da Saúde Pública afirmou que, é urgente adoptar uma  política de preços de medicamentos que se pratica nas famácias, frisando, a título de exemplo, que o preço de compra de um Paracetamol em Dacar é o mesmo que em Ziguinchor.

“Por isso entendemos que é urgente a harmonização de preços de medicamentos em todas as farmácias do país para o bem das populações”, disse Benjamin Lourenço Dias.ANG/ÂC//SG

Covid-19/Linhagens BA.4 e BA.5 da Ómicron na origem de nova vaga na África do Sul

Bissau,05 Mai 22(ANG) – As linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ómicron, cuja virulência ainda está a ser determinada, estão a causar a nova vaga da pandemia de covid-19 na África do Sul, informou quarta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).

“Os cientistas sul-africanos que identificaram a Ómicron no final do ano passado reportaram duas outras linhagens, BA.4 e BA.5, como causadoras de um pico de casos na África do Sul”, disse o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa.

Segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a BA.5 regista uma frequência crescente em Portugal, tendo atingido os 4% nas amostras analisadas a nível nacional, circulando com maior intensidade nas regiões Norte, Centro e Alentejo, não tendo sido detectado qualquer caso BA.4 em Portugal.

“É muito cedo para saber se estas novas subvariantes podem causar formas mais graves da doença do que outras” já conhecidas, mas os primeiros dados sugerem que a vacina contra a covid-19 continua a oferecer uma boa protecção contra formas graves da doença e a reduzir o risco de morte, adiantou Tedros Adhanom Ghebreyesus.

A África do Sul, o país mais afectado pela covid-19 no continente africano, entrou numa nova onda de pandemia, alertou no final de Abril o Centro de Inovação e Resposta Epidémica (CERI).

O país, onde menos de 45% da população adulta está totalmente vacinada, tinha registado no início de Março um período de 48 horas sem mortes relacionadas com covid-19, o primeiro desde 2020.

“A melhor forma de proteger a população continua a ser a vacinação, bem como as medidas sociais e de saúde pública comprovadas”, reafirmou o responsável da OMS, adiantando que a organização registou mais de 6,2 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia.

Na conferência de imprensa de hoje, Tedros Adhanom Ghebreyesus avançou que, globalmente, o número de casos e mortes de covid-19 continua a diminuir, com os óbitos semanais a registarem o nível mais baixo desde Março de 2020.

No entanto, a nível regional, a OMS alertou que se está a assistir a um aumento dos casos nos continentes africano e americano, impulsionado pelas linhagens da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2.

O director-geral da OMS lamentou ainda a redução da testagem em alguns países que impede a monitorização da evolução do vírus e obriga a OMS a avaliar “cegamente” a pandemia.

“As subvariantes BA.4 e BA.5 foram identificadas porque a África do Sul ainda está a realizar a sequência genética (do vírus) que outros países deixaram de fazer”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus.

ANG/Inforpress/Lusa

 

      Desporto-futebol/ Benfica assume comando isolado da Guinees-Liga

Bissau, 05 Mai 22 (ANG) – O Sport Bissau e Benfica, derrotou por 1-0, os Portos de Bissau e beneficiou do  empate a 0-0, do seu perseguidor directo o Sporting Clube da Guiné-Bissau contra a UDIB para se isolar do comando da Guinees-Liga,na 16ª jornada da 2ª volta.

Eis os resultados dos restantes encontros da mesma jornada:

Cupelum FC -4/SC de Bafatá-1, AR. de Nhacra-2/FC de Pelundo-2, Académica de Bissorã-0/Flm de Pefiné-0, Massaf de Cacine-2/Os Balantas de Mansoa-3, FC de Sonaco-2/FC de Canchungo-0, Binar FC-0/FC de Cuntum-2.

Eis a tabela classificativa após a 16ª jornada:

1º - Sport Bissau e Benfica- 34 pts

2º - Sporting Clube da Guiné-Bissau – 32 pts

3º - FC de Canchungo- 28 pts

4º - FC de Sonaco- 28 pts

5º -FC de Cuntum – 27 pts

6º - UDIB – 25 pts

7º - AC Bissorã – 24 pts

8º - Mas.Cacine – 19 pts

9º - Flam de Pefine – 18 pts

10º - Bal. Mansoa – 17 pts

11º - FC de Pelundo – 17 pts

12º - AR.de Nhacra – 16 pts

13º - Cupelum FC – 16 pts

14º – Sporting Clube de Bafatá – 16 pts

15º - Portos de Bissau – 13 pts

16º- Binar – 12 pts

Para a 17ª jornada, estão previstos os seguintes encontros: Sporting Clube da Guiné-Bissau/Atletico de Bissorã, FC de Pelundo/UDIB, SC de Bafatá/Arados de Nhacra, CF Os Balantas de Mansoa/Cupelum FC, FC de Cuntum/FC de Sonaco, Flamengo de Pefine/Sport Bissau e Benfica, FC de Canchungo/Binar FC, Portos de Bissau/Massf de Cacine.ANG/LLA//SG

 

 

    Moscovo/Kremlin diz que novas sanções da UE são "faca de dois gumes"

Bissau, 05 Mai 22 (ANG) - O Kremlin comentou quarta-feira o novo pacote de sanções que a União Europeia (UE) procura impor a Moscovo nos próximos dias, que prevê deixar progressivamente até final do ano de comprar petróleo russo, afirmando que se trata de "uma faca de dois gumes".

"Em geral, se falarmos de sanções, tanto norte-americanas como europeias e de outros países, elas são uma faca de dois gumes", afirmou o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, na sua conferência de imprensa diária.

Acrescentou que os países ocidentais são obrigados a "pagar um preço elevado" por tentativas de "prejudicar" a Rússia através das restrições impostas.

"O custo destas sanções para os cidadãos europeus aumentará a cada dia", sublinhou.

O representante do Kremlin assinalou que "neste momento, tratam-se de planos" e que "a discussão continua", adiantando que Moscovo está "atento e avaliará várias opções" para responder ao sexto pacote de sanções.

Depois do embargo ao carvão que já está em curso, Bruxelas aponta desta vez para o petróleo, que a UE compra à Rússia, no valor de 74 mil milhões em 2021, e que os 27 querem deixar de importar progressivamente até ao final do ano.

A UE pretende também desligar do sistema de mensagens financeiras SWIFT o banco russo Sberbank, a mais importante entidade bancária do país que representa 37% do sistema financeiro russo, e outros dois bancos de média dimensão.

Além disso, está a ser estudada a suspensão das emissões na União Europeia de três canais de televisão russos que, segundo Bruxelas, se dedicam a replicar "desinformação e mentiras" do Governo russo sobre a Ucrânia.

A Comissão Europeia (CE) propôs quarta-feira um sexto pacote de sanções contra a Rússia, que inclui pela primeira vez deixar de comprar petróleo russo, embora considerando aplicar este corte gradualmente até final do ano e podendo haver excepções para a Hungria e à Eslováquia.

A guerra na Ucrânia expôs a excessiva dependência energética da UE face à Rússia, que é responsável por cerca de 45% das importações de gás e de carvão europeias e também de 25% do petróleo importado pelos 27.ANG/Angop

 

        Política/Líder do PAD manifesta solidariedade ao Presidente Sissoco

Bissau, 05 Mai 22(ANG) – O líder do Partido Africano de Desenvolvimento(PAD) manifestou  quarta-feira ao predidente da República a  solidarieade desta formação política  devido a tentativa de golpe de Estado, ocorrida no pasado dia 01 de Fevereiro.

“Também vim solidarizar e  condenar  a  alegada tentativa de golpe de Estado de 1 de fevereiro deste ano, que é considerado como um ato anti-democrático,”, disse Adulai Pate Jaló à saída do encontro como Umaro Sissoco Embaló.

Adulai Paté afirmou que seu partido pugna pela alternância democrática nas urnas não pela via das armas e apelou à todos para se pautarem pela democracia e civismo.

Enalteceu o emprenho de Umaro Sissoco Embaló no combate ao narcotráfico na Guiné-Bissau e nas movimentações diplomáticas a nível internacional. ANG/JD/ÂC//SG

 

 

 

Burundi-Rwanda/ Normalização das relações deve incluir entrega de golpistas a Bujumbura

Bissau, 05 Mai 22 (ANG) – O governo do Burundi anunciou na quarta-feira,  que o processo de normalização das relações com o Rwanda avança normalmente.

Aspecto de manifestação em Burundi

A declaração foi feita por Albert Shingiro, ministro burundes dos Negócios estrangeiros, cooperação e desenvolvimento, quando apresentava o balanço das realizações trimestrais.

No entanto, precisou que o único ponto de discórdia é o contencioso de 2015. “ Queremos, num espírito de compromisso e  confiança mútua, liquidar definitivamente este problema”, disse, citado pela AA.

Sublinhou a questão do repatriamento dos golpistas que fugiram para Kigali, devendo ser entregues a Justiça burundesa, como pendendo ser o catalisador e uma viragem na normalização da cooperação entre os dois países.

As relações entre o Rwanda e o Burundi deterioraram-se desde Abril de 2015, na sequência da contestação contra o terceiro mandato do então Presidente Pierre Nkurunziza, falecido em 2020.

O Burundi acusava o Rwanda de albergar os seus opositores, dos quais os golpistas autores da tentativa de 13 de Maio de 2015, enquanto Kigali acusa Bujumbura de colaborar com os rebeldes das Forças Democráticas de Libertação do Ruanda (FDLR) conhecidos como tendo cometido genocídio contra os tutsis, em 1994. ANG/Angop

 

Política/"CEDEAO foi induzida à tomar decisão de enviar forças de segurança à Guiné-Bissau", diz o presidente do PAIGC

Bissau, 05 Mai 22 (ANG) ˗ O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) disse que a CEDEAO foi induzida a tomar a decisão de enviar tropas à Guiné˗Bissau porque comprou a versão de que o acontecimento do passado dia 01 de Fevereiro, do ano corrente, tratava˗se, de fato, de um golpe de Estado.

Domingos Simões Pereira falava quinta-feira à imprensa após a conferência de imprensa do Espaço de Concertação dos Partidos Democrático.

"Tratando-se de um golpe de Estado eventualmente estária a envolver militares guineenses e por isso a CEDEAO venha garantir a estabilização interna e como é que isso se combina com o pronunciamento do próprio Umaro Sissoco Embaló, dizendo que isso não tinha envolvimento de nenhum militar, ou seja estamos num carocel de hipóteses, de teses, de afirmações e de contra informações que não pacificam o espírito do povo guineense”, disse.

Simões Pereira acrescentou: “sentiram na necessidade de não só pronunciamos para que os guineenses compreendam o que está em causa, mas chamar atenção de CEDEAO para necessidade de parar e repensar o seu posicionamento e em função disso corrigir seu erro que já está a cometer”.

Segundo salientou , o erro crucial que está a acontecer é já ter a presença de forças no território da Guiné-Bissau sem que tenham um mandato.

Para o presidente dos libertadores, este fato à luz do direito internacional configura uma invasão e Simões Pereira diz não querer  acreditar que a CEDEAO quer ser reconhecida como um invasor dentro da Guiné-Bissau.

Questionado se a vinda de forças tem a ver com algum interesse no país, disse que é evidente e que todos acompanharam quando o ministro senegalês afirmou que havia um acordo entre dois presidentes para exploração dos recursos minerais, nomeadamente do petróleo, afirmação que o presidente da República dissera que não corresponde à verdade.

ʺQuando o documento foi apresentado na Assembleia da República senegalesa já não havia como esconder e o presidente da República vinha a dizer que não tinha obrigação de apresentar o acordo  a Assembleia Nacional Popular, que depois reuniu-se, e de forma unânime, os deputados rejeitaram esse acordo”, explicou.

Domingos Simões Pereira disse que o povo guineense tem que considerar que a criação de um cordão de segurança no território da Guiné-Bissau pode estar relacionada   a intenção de proteger quem quer, à força, aplicar uma lei que a Assembleia Nacional Popular rejeitou.

“Todos os partidos, em conjunto, devem exigir que essa decisão da ANP seja respeitada e aplicada”, disse. ANG/MI/ÂC//SG

Moscovo/Rússia realiza exercício militar com disparo simulado de mísseis nucleares – governo

Bissau, 05 Mai 22 (ANG) – O Exército russo realizou um exercício militar onde simulou o disparo de mísseis com capacidade nuclear no enclave russo de Kaliningrado, entre a Polónia e a Lituânia, revelou na quarta-feira o Ministério da Defesa da Rússia.

As manobras militares neste enclave no mar Báltico, entre a Polónia e a Lituânia, países membros da União Europeia (UE), consistiram numa simulação de “lançamentos eletrónicos” de sistemas de mísseis balísticos móveis Iskander, com capacidade nuclear.

Em comunicado, o Ministério da Defesa russo referiu que as forças russas realizaram ataques únicos e múltiplos contra alvos que simulavam zonas de lançamento de sistemas de mísseis, aeródromos, infraestruturas protegidas, equipamento militar e postos de comando de um inimigo fictício.

Após terem efetuado os disparos “eletrónicos”, os militares realizaram uma manobra de mudança de posição, de forma a evitar “um possível ataque de retaliação”, pode ler-se.

As unidades de combate também praticavam “operações em condições de radiação e contaminação química”.

O exercício militar envolveu mais de 100 soldados, acrescentou Moscovo.

O anúncio deste teste militar ocorreu no 70.º dia da invasão russa da Ucrânia, que já resultou em milhares de mortos e causou a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, com mais de 13 milhões de pessoas deslocadas.

Desde o início da “operação militar” que o Presidente russo, Vladimir Putin, tem produzido ameaças onde sugere estar disposto a implantar armas nucleares táticas.

A Rússia colocou, de resto, as suas forças nucleares em alerta máximo logo após enviar tropas para a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

Putin alertou para uma retaliação “rápida como um relâmpago” em caso de intervenção direta do Ocidente no conflito ucraniano.

Segundo observadores, nos últimos dias a televisão estatal russa tentou tornar o uso de armas nucleares mais aceitável para o público.

“Há duas semanas que ouvimos na televisão que os silos nucleares devem ser abertos”, sublinhou na terça-feira Dimitri Muratov, editor de um jornal independente russo e Prémio Nobel da Paz 2021.

A Rússia iniciou na madrugada de 24 de Fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar o país vizinho para segurança da Rússia -, condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

Cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia, e a guerra, que entrou hoje no 70.º dia, causou até agora a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, mais de 5,5 milhões das quais para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que a classifica como a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A ONU confirmou hoje que 3.238 civis morreram e 3.397 ficaram feridos, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a cidades cercadas ou a zonas até agora sob intensos combates.

ANG/Inforpress/Lusa

 

quarta-feira, 4 de maio de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Importação de medicamentos/Inspector Geral da Saúde Pública adverte que  o país está a beira de escassez de medicamentos

Bissau,04 Mai 22(ANG) – O Inspector Geral da Saúde Pública afirmou que o país está a beira de escassez de medicamentos devido o termino do prazo  das licenças de importação, atribuídas à duas empresas com base num concurso público, lançado em 2018.

“O Governo lançou em 2018, um concurso público, onde saíram vencedores, dois grossistas de venda de medicamentos, nomeadamente a Guifarma e Saluspharma e neste momento, os prazos das suas licenças de operação terminaram ou seja o concurso é feito de 4 em 4 anos”, explicou Benjamin Lourenço Dias, em entrevista exclusiva hoje à ANG.

Aquele responsável informou que, neste momento, o Ministério de Saúde está a diligenciar para o lançamento de novo concurso e cujo o processo já está muito avançado, restando apenas ultimar os procedimentos normais, de forma a comunicar os interessados em concorrer para o efeito.

“Já estámos perante a escassez de medicamentos no país, por isso deve ser de caracter de urgência, o lançamento do referido concurso de forma a preencher as duas vagas existêntes em termos de importação de medicamentos”, saliento
u.

Benjamin Lourenço Dias frisou que, actualmente, só está a operar no mercado de importação de medicamentos a empresa Aliance Pharma , cuja licença foi emitida em 2021, válida por três anos.

O Inspector Geral da Saúde afirmou que existe ainda a situação da Farmácia Sónia, que não está inserida no grupo de grossistas de venda de medicamentos, mas que foi atribuída uma autorização provisória para importar 20 contentores, acrescentando que essa licença já está na fase final.

“A Farmácia Sónia pode livremente concorrer para prencher as duas vagas de empresas grossistas de importação de medicamentos, assim como a Sofargui e outras”, disse.

Solicitado a reagir ao anúncio de escassez de medicamentos no país, o responsável das Relações Públicas da Farmácia Sónia disse que só dispõe de stock por um período de um à dois meses.

Abdul Malick Camará sublinhou que outro estrangulamento para a importação de medicamentos tem a ver com a guerra na Ucrânia, tendo em conta que a maioria de grossistas adquire os seus produtos na India, China e na Europa.

Disse que a Fármacia Sónia tem  capacidade para  abastecer o país de medicamentos de qualidade e em grande quantidade, se o Governo lhe conceder a licença para o efeito.ANG/ÂC//SG