Guerra na Ucrânia/"O perigo de um conflito à escala global"
Bissau, 02 Mar 2 (ANG) - O secretário-geral da NATO afirmou esta terça-feira, 1 de Março, que apesar das ameaças da Rússia, a Aliança não vê necessidade para alterar o seu nível de alerta de armas nucleares.
Vladimir Putin acusa o Ocidente de virar
a Ucrânia contra a Rússia e ameaçou avançar com "medidas
militares" se a NATO continuar com uma "linha
agressiva".
"Passaram
vinte anos desde o 11 de Setembro. O tempo entre a pandemia e a esta invasão da
Rússia são praticamente concomitantes, acontecem uma a seguir à
outra", descreve o investigador de física
nuclear na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, António de Sá
Fonseca.
"O problema é que o conflito entre a Rússia e a
Ucrânia enquanto ficar entre Rússia e a Ucrânia é um conflito localizado e
regional. A partir do momento em que a NATO se mete, mandando aviões, tanques
ou pessoal militar, o conflito vira global",
alerta.
"A Rússia
passa a atacar países da Europa que pertencem à NATO, vai atacar os Estados
Unidos, os EUA estão na NATO com tropas na Europa, portanto vão ser alvo de
ataques da Rússia", descreve o académico.
Falta saber o que a China vai fazer, lembra
António de Sá Fonseca, questionando "se vai ajudar Putin ou não".
"Depois há todos os países que tomam decisões face ao posicionamento que a
China e a Rússia tenham e é um conflito à escala global. Se toda gente se
envolve nisto com armas nucleares ameaça a vida na terra e já não é preciso
esperar pelos efeitos do clima", concluiu.
ANG/RFI
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