Ucrânia/Biden diz que EUA vão perseguir “oligarcas e líderes corruptos” russos
Bissau, 02 Mar 22(ANG) – O Presidente norte-americano disse hoje que o Departamento de Justiça dos EUA está a criar uma equipa de trabalho exclusivamente para investigar os “crimes dos oligarcas russos”.
“Esta
noite digo aos oligarcas e líderes corruptos da Rússia, que lucraram milhares
de milhões de dólares com este regime violento, que já basta”, disse Joe Biden,
no primeiro discurso sobre o Estado da União, o tradicional pronunciamento
anual dos Presidentes dos Estados Unidos no Congresso.
“Estamos
a juntar-nos aos nossos aliados europeus para encontrar e confiscar os vossos
iates, os vossos apartamentos de luxo, os vossos aviões privados. Vamos apanhar
os vossos lucros indevidos”, garantiu.
A UE,
o Reino Unido e o G7, bloco dos sete países mais industrializados do mundo
[Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido] já
tinham anunciado sanções a dezenas de oligarcas e empresários russos dos
sectores do petróleo, da banca e das finanças, todos considerados próximos do
Kremlin.
As
sanções impostas pela UE incluem o congelamento de bens, a proibição de colocar
fundos à disposição de pessoas físicas e jurídicas listadas, bem como a
possibilidade de entrar ou transitar pelo território dos 27 Estados-membros.
O
milionário russo Roman Abramovich, também considerado próximo do Presidente
russo, Vladimir Putin, anunciou no fim-de-semana que ia deixar a administração
do Chelsea nas mãos da fundação do clube inglês de futebol.
A
Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com
forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram
mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de
100 mil deslocados e mais de 660 mil refugiados na Polónia, Hungria, Moldova e
Roménia.
O
Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na
Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a
Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo
necessário.
O
ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União
Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e
munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.
ANG/Inforpress/Lusa
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