quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025


Diplomacia
/ Governo discorda de repatriamento de guineenses provenientes dos Estados Unidos

Bissau, 06 Fev 25 (ANG) - Até ao momento não há registo de repatriamento dos guineenses em situação de ilegalidade nos Estados Unidos da América, apesar de haver dados norte-americanos a apontar que 48 cidadãos da Guiné-Bissau poderiam ser repatriados.

A RFI indica ter apurado junto das autoridades da Guiné-Bissau, que não há registo de repatriamento dos cidadãos guineenses desde o anúncio do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, em expulsar os cidadãos estrangeiros em situação ilegal nesse país.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades admitiu que os guineenses possam vir a ser afectados com a decisão das autoridades norte-americanas, mas que, até ao momento, desconhece qualquer impacto directo daquela medida.

Carlos Pinto Pereira afirmou que a Guiné-Bissau discorda desta política dos Estados Unidos:

De momento, não. Não temos conhecimento de cidadãos nacionais que tenham sido afectados. Mas teremos que admitir que possam vir a ser atingidos. Naturalmente, repito, é uma política com a qual não concordamos. Não damos o nosso apoio a essa medida. Teremos que a aceitar se ela for aplicada a cidadãos guineenses, mas, de facto, condenamos completamente”, frisou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau é da opinião que a África deve assumir uma posição concreta:

«Digamos, como alguns países e presidentes africanos já disseram, África terá que assumir a sua posição, porque os Estados Unidos são soberanos na definição da sua política externa. As partes que se relacionam com os Estados Unidos. Cada uma vai se posicionar à sua maneira e de acordo com as suas capacidades. Nós estamos a ver os movimentos na Europa, estamos a ver os movimentos nos outros continentes. Portanto, todos eles na América do Sul, etc. Todos eles vão se posicionar em função daquilo que vier a ser, de facto, a posição definitiva dos Estados Unidos», admitiu Carlos Pinto Pereira. ANG/RFI

 

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