Política/PAI Terra Ranka redita pedido de envio de uma missão da CEDEAO à Bissau para facilitar diálogo visando uma solução da crise política no país
Bissau, 06 Fev 25 ANG – A Plataforma Aliança Inclusiva (PAI Terra-Ranka) voltou a pedir que a CEDEAO enviasse à Guiné-Bissau,
uma missão de alto nível, o mais rápido possível, a fim de facilitar um diálogo
inclusivo para apoiar esforços dos atores políticos no sentido de se encontrar
uma solução para a crise política vigente no país.
Segundo o memorando, a PAI Terra Ranka tem vindo a chamar a atenção para os
riscos destas situações que diz ser “politicamente insustentável para o país”, frisando
que a situação é ainda mais preocupante por causa da “posição intransigente” do
Presidente da República de não respeitar a recomendação da 66ª Sessão da Conferência dos Chefes de Estados e de governo da CEDEAO,
que insta atores políticos a levarem a cabo um diálogo inclusivo com vista ao acordo sobre a data das eleições presidenciais
e legislativas, bem como o quadro e modalidades consensuais para realização das
eleições.
Acrescenta que o referido quadro
pressupõe a resolução das questões relativas à Comissão Nacional das eleições (CNE) e ao
Supremo Tribunal e Justiça (STJ).
“O Presidente da República e o seu Governo da Iniciativa Presidencial querem
continuar a sequestrar o poder
presidencial e legislativo, tentando adiar o máximo que puderem a realização
das eleições presidenciais e legislativas”, refere a PAI- Terra Ranka.
A coligação vencedora das mais recentes eleições na Guiné-Bissau sustenta
que nada justifica que depois de um ano sem
parlamento, se venham agora a propor ao país mais um ano, perfazendo dois anos
sem parlamento, quando a Constituição da
República determina que, em caso de dissolução do parlamento, devem ser
realizadas as eleições legislativas antecipadas num prazo de 90 dias.
“E nada justifica que, com mandato do Presidente da República a terminar no
dia 27 de Fevereiro de 2025, venham
agora a propor que se dê ao Presidente da República mais um ano de mandato”, lê-se
no memorando
O memorando refere que o Presidente da República e o seu governo, para
tentar justificar a referida “aberração política” recorrem as “interpretações
absurdas” das leis, sublinhando que a Constituição da República é absolutamente
clara ao indicar que o mandato de Presidente da República tem a duração de
cinco anos (artigo 66°, n° 1).
“É de conhecimento universal que o mandato para exercício de qualquer cargo
começa com a tomada de posse, e no caso atual do Presidente da República, a tomada de posse ocorreu no dia 27 de Fevereiro de 2020, pelo que não devia haver debate sobre o seu fim de
mandato”, refere o memorando..
O Supremo Tribunal de Justiça, citado pela Lusa, declarou
quarta-feira,
através de um num despacho, que o
mandato do Presidente Umaro Sissoco Embaló só termina à 04 de Setembro do ano
em curso.ANG/MI/ÂC//SG
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