Justiça/LGDH pede a PGR abertura de um processo crime contra
Juiz conselheiro Lima André por abuso de poder
Bissau
12 Fev 25 (ANG) – A Liga Guineense
dos Direitos Humanos (LGDH), pediu terça-feira
ao Procurador-geral da República(PGR), a abertura de um processo crime contra o
Presidente em exercício do Supremo Tribunal
de Justiça(STJ), Lima António André, por alegado usurpação de competências,
falsificação de documentos e abuso de poder.
O
pedido da LGDH foi revelada em
conferência de imprensa de apresentação da “carta denúncia” entregue na
Procuradoria Geral da República, cujo o conteúdo foi lido pelo Presidente da
LGDH Bubacar Turé.
“Está evidente que a legalidade democrática e
a ordem institucional encontram-se sob ameaça, provocada pela crise jurídico-político
artificial engendrada para alimentar interesses inconfessos, que traduz-se numa
manobra dilatória do regime politico
vigente para consolidar a subversão da democrática e conservar-se no
poder ilegalmente com a participação proactiva do STJ”,diz Turé.
Na
carta enviada ao PGR , salientou-se que, de algum tempo à esta parte, a instância
máxima da justiça guineense, transformou-se no instrumento de arremesso
politico do Chefe de Estado, o que tem contribuído, significativamente, para
minar a precária confiança dos cidadãos na administração da justiça, cuja
magnitude e gravidade decorrem das prepotências do juiz conselheiro Lima André.
Turé
enumerou entre outros, a usurpação das funções pelo “exercício arbitrário” das prerrogativas
reservadas ao Presidente do STJ, em conluio
com o poder político vigente, para minar a independência do poder judicial , através
das demissões arbitrárias e suspensões ilegais de juízes, por terem decidido
sobre processos de índole político de
acordo com a sua consciência.
Na
carta a LGDH sublinha que na senda destes actos subvertidos, “o autoproclamado Presidente do STJ”, proferiu
no dia 04 de Fevereiro de 2025 um despacho ilegal que tem como teor pretendia
aclarar o Acórdão número 6/2020 sobre o contencioso eleitoral da segunda volta das
eleições presidenciais de 2019.
A Liga
considera que a decisão está manifestamente inclinada de vício material e formal,
pois “consubstancia uma vã tentativa de legalização fraudulenta da agenda
politica do Presidente da República Umaro Sissoco Embaló”, para permanecer no
poder para além dos cinco anos
estabelecidos no nº 1 do artigo 66 da Constituição da República .
A LGDH
refere na carta ao PGR que a dita aclaração emitida pelo o que diz ser Autoproclamado
Presidente do STJ “padece irreversivelmente de nulidade” nos termos da lei
,tendo considerado a decisão de considerar que o mandato do Chefe de Estado
acaba no dia 04 de Setembro do ano em curso , de uma “decisão pessoal” de Lima
André por isso não tem efeitos jurídicos, emitida fora do prazo de acordo com a
lei.
“Face à
tudo isso demostra-se claramente que a
decisão é pessoal do juiz conselheiro Lima André, por conseguinte, é nula e sem
efeitos jurídicos e por isso as suas ações não passam de uma tentativa de
caucionar a continuidade de um regime politico desprovida de legitimidade democrática
e hostil ao escrutínio eleitoral “,disse.
Segundo
Turé, de acordo com as vocações da LGDH de zelar pela consolidação da
democracia e do Estado de Direito, a organização requer ao Procurador-geral da
República a abertura de um competente processo crime contra ao Juiz Conselheiro Lima António André ,visto
que a sua conduta indicia objetivamente as práticas dos crimes constantes no Código
Penal e leis dos titulares de cargos políticos entre os quais a usurpação de
funções ,atentado contra a Constituição da República, abuso de poderes e falsificação
de documentos .
Bubacar
Turé salientou de que estão cientes de que este seu pedido pode não ter efeitos
imediatos, mas segundo diz, “um dia a lei será cumprida”.ANG/MSC/ÂC//SG
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