quinta-feira, 22 de setembro de 2022


           Rússia
/Mais de 1.300 detidos em protestos contra mobilização parcial

Bissau, 22 Set 22 (ANG) -  Mais de 1.300 pessoas foram detidas na Rússia, na sequência de protestos, após o Presidente, Vladimir Putin, ter anunciado a mobilização parcial de cidadãos russos na reserva para reforçar o contingente militar na Ucrânia.

Os dados foram anunciados pela ONG OVD-Info.

O anuncio feito pelo Presidente Putin , na quarta-feira, provocou o "caos" no país. De acordo com o Ministério de Defesa da Rússia, serão mobilizados 300 mil reservistas, dos 25 milhões de que o país dispõe. É a primeira vez que tal acontece desde a Segunda Guerra Mundial.

A notícia não foi bem recebida pelos cidadãos russos, que sairam às ruas para protestar contra a decisão do líder do Kremlin.

"Não à guerra", ou "Putin para as trincheiras" foram duas das frases mais ouvidas durante as manifestações, que tiveram lugar em várias cidades.

De acordo com as informações publicadas pela  ONG OVD-Infopelo menos 1.300 pessoas foram detidas, em 38 cidades distintas, entre elas nove jornalistas.

 

Muitos cidadãos russos decidiram abandonar o país, após o anúncio feito por Vladimir Putin, com medo de serem chamados para lutar na Ucrânia.

Os bilhetes para destinos onde os cidadãos russos podem entrar, sem vistos, esgotaram minutos após a comunicação do líder russo. Por exemplo, os voos para InstambulErevan ou Tbilisa partir da Rússia, não contam com lugares vazios nos próximos dias e os preços dos viagens aéreas aumentaram exponencialmente.

A passagem de cidadãos russos para a Finlândia e para a Geórgia também se intensificou, de acordo com informações avançadas pelas autoridades locais dos dois países, esta quinta-feira.

De salientar que os turistas russos já não podem entrar nos Países Bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia) nem na Polónia, desde a passada segunda-feira. Actualmente, a Finlândia é o único Estado membro da União Europeia com fronteira com a Rússia, que ainda não aderiu a esta proibição.

Perante a possibilidade de uma saída massiva de russos, outros países europeus consideram limitar a entrada nos seus respectivos territórios. ANG/RFI

 

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