quarta-feira, 28 de setembro de 2022


Sociedade
/“Ainda não há  entendimento entre  Governo e  sindicatos agrupados na Frente Comum”, revelou porta-voz

Bissau, 28 Set 22 (ANG) – O porta-voz da Frente Comum, espaço que congrega quatro sindicatos do sector de saúde e educação, disse hoje que ainda não houve  entendimento com o Governo sobre  as suas reivindicações .

 Yoio João Correia, em declarações à ANG,  disse que apesar de não houver negociações com o executivo no final da marcha realizada terça-feira,  a Frente Comum vai prosseguir com diligências, por forma a encontrar uma solução para evitar que se chegue a greve projectada para os dias 10 e 14 de Outubro   nos sectores da saúde e  educação guineense.

A Frente Comum, agrupa o Sindicato Democrático dos Professores(Sindeprof), a Frente Nacional dos Professores(Frenaprofe), o Sindicato dos Enfermeiros e Técnicos de Saúde e Afins(Sinetsa) e Sindicato dos Quadros Superiores de Saúde(Sinquass), e reivindicam a anulação do  Despacho do Governo que suspende de exercício profissional os novos ingressos nos  dois sectores.

“Não estamos a pensar em decretar a greve de momento, porque a lei determina que antes de decretarmos uma greve devemos  utilizar todos os mecanismos para fazem valer os nossos direitos para se chegar a um consenso com o executivo”,referiu o porta-voz.

Na terça-feira, a Frente Comum realizou uma marcha de protesto que terminou em frente ao Palácio do Governo, apos a qual se decidiu contnuar a luta atravès de encontros com entidades governamentais ligadas as suas áreas de atividades.

 “Todos sabem quais são as consequências de greve. Acaba  por prejudicar todos, principalmente quando se trata dos sectores da saúde e da educação.Continuaremos a trabalhar em busca de pontos de consenso  com o Governo antes do dia 10” disse, Yoio Correia avisando que caso não houver entendimento até este dia vão recorrer à greve para fazer valer os seus direitos.

O porta-voz da Frente Comum disse contudo acreditar num consenso entre o Governo e os sindicatos para permitir o normal funcionamento dos dois sectores.

Revelou que depois da marcha de esta terça-feira, foram recebidos pelo Secretario-geral  de Conselho de Ministros e durante o encontro foram informados de que o Governo está a deligenciar no sentido de negociar com os sindicatos antes do inicio da greve, marcada para decorrer entre  10 e 14 de Outubro.

Acrescentou  que tiveram ainda na terça-feira os primeiros contactos com os técnicos ligados aos serviços dos Recursos Humanos dos Ministérios da Educação,  Saúde, do ministerio das Finanças e da Função Pública, e diz que o encontro foi bom.

Instado a falar sobre a declaração do ministro da Saúde, segundo as quais a decisão do Governo visa regularizar a entrada das pessoas na Função Pública, Yoio joão Correia disse que a admissão do pessoal na administração publica é da responsabilidade do Governo e não dos sindicatos.

Referiu  que nos últimos  anos, nos sectores da saúde e  educação, a  admissão foram  feitas mediante avaliação documental e que nas outras   as pessoais foram admitidas sem avaliação documental. ANG/LPG/ÂC//SG

 

   

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