sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Internacional




Mundo moderno tem milhões de escravos




Bissau, 18 Out. 13 (ANG/Jornal de Angola) - Pelo menos 29,8 milhões de pessoas vivem como escravos em todo o mundo, quase metade na Índia, revela o novo Índice Mundial de Escravidão, publicado em Londres pela ONG Walk Free Foundation.

O documento refere que entre os 20 países com a pior posição, 14 são africanos e que 75 por cento dos escravos vivem na Ásia.

A Índia tem quase 14 milhões de escravos, mas a Mauritânia é o país com maior número de escravos em relação à população, com 160 mil pessoas escravizadas num total de 3,8 milhões de habitantes, o que significa que quatro por cento da sua população vive em regime de escravidão, indica o relatório. 


Os dez países com maior número de escravos são Mauritânia, Haiti, Paquistão, Índia, Nepal, Moldávia, Benin, Costa do Marfim, Gâmbia e Gabão. Em termos absolutos, os países com mais escravos são Índia (13.956.010), China (2.949.243), Paquistão (2.127.132), Nigéria (701.032), Etiópia (651.110) e Rússia (516.217). 


O índice classifica 162 países de acordo com o número de pessoas em condições análogas à escravidão, risco de escravização e força das reacções governamentais a essa actividade ilegal. 


Refere igualmente que as pessoas escravizadas são traficadas por quadrilhas para exploração sexual e trabalho não qualificado. 


Índia, China, Paquistão, Nigéria, Etiópia, Rússia, Tailândia, República Democrática do Congo, Mianmar e Bangladesh respondem por 76 por cento dos 29,8 milhões de casos de escravidão estimados no mundo, refere o relatório daquela ONG, que diz que a corrupção, e não a pobreza, é a maior causa da escravidão, e recomenda leis para impedir a acção do crime organizado.


O primeiro país latino-americano no ranking é o Haiti, que está  em segundo lugar, imediatamente atrás da Mauritânia. Também aparecem na lista de países onde há vítimas da escravidão o Peru (65º), Suriname (68º), Equador (69º) e Uruguai (72º).  Os países das Caraíbas, refere o relatório, mostram um risco menor de escravidão. “O Haiti é um caso especial na região fruto de uma história de mau governo e de um forte legado de escravidão e de exploração”, explica o relatório que acompanha o índice.


A ONG espera que o índice anual ajude os governos a vigiar e controlar o problema. “Surpreende muita gente ouvir que a escravidão ainda existe”, disse o director da organização, para quem “a escravidão moderna reflecte todas as características da antiga”.


Nick Grono afirmou que “as pessoas são controladas pela violência. São enganadas, ou forçadas a trabalhar, ou são colocadas numa situação em que são exploradas economicamente e não são livres para ir embora”, explicou.


Acrescentou que a definição de escravidão usada como base para o relatório inclui não apenas a tradicional, “mas também práticas similares, como casamentos forçados, venda, ou exploração infantil”.


O investigador Kevin Bales espera que o índice consciencialize a opinião pública e pressione os governos a agir mais. “Quando analisamos as estatísticas verificamos que a corrupção é mais poderosa do que a pobreza na condução da escravidão", disse Bales, professor de escravidão contemporânea no Instituto Wilberforce para o Estudo da Escravidão e da Emancipação da Universidade de Hull. “Fundamentalmente, isso é uma questão de crime violento”, acrescentou.


Greve




Segundo dia de paralisação de órgãos públicos

Bissau, 18 Out 13 (ANG) - Os jornalistas e técnicos de órgãos de comunicação social pública observam hoje o segundo dia de uma paralisação de quatro dias convocada pelo Fórum dos Comités Sindicais de Base dos trabalhadores da Agência de Notícias da Guiné-ANG, jornal Nô Pintcha e da Radiodifusão Nacional-RDN.

Os trabalhadores exigem o pagamento de dois meses de subsídios devidos e referentes aos meses de Agosto e Setembro do ano em curso.

Os referidos subsídios foram instituídos como complemento ao salário, no âmbito de um acordo estabelecido entre os referidos comités sindicais e o governo, em 2010.

Segundo fontes ligadas à Secretaria de Estado da Comunicação Social, o Director-Geral da Comunicação Social, Humberto Monteiro está a diligenciar junto das Finanças o pagamento dos subsídios em causa.

Por seu lado, a Televisão da Guiné-Bissau (TGB) observou quinta-feira uma greve, reivindicando igualmente pagamento de salários em atraso e melhoria das condições de trabalho. 

Segundo Alexandre Dias, vice-presidente do comité sindical dos trabalhadores da TGB estão em causa três meses de subsídios, e a necessidade de definição dos estatutos da TGB.

ANG/SG

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Comunicação Social de Luto



Falaceu o Jornalista Amarante Sampa


O jornalista e responsavel do Site da Agencia de Noticias da Guiné-Bissau (ANG), Amarante António Sampa, vítima de doença, ontem(dia 16) em Bissau vitima de doença subita.

Amarante António Sampa nasceu à 07 de Novembro 1969 na cidade de Bula, região de Cacheu. Filho de António Sampa e de Inácia António Nhaga e casado segundo usos e costume

O nosso colega Amarante António Sampa teve 16 anos de exercício da actividade jornalística, tendo desempenhado altos cargos a nível do Jornal “Nô Pintcha”, onde ingressou em 1997, nomeadamente foi Chefe de Redacção Adjunto deste semanário de 2005 à 2012.

Na agência de Noticias da Guiné-Bissau, para onde foi recentemente transferido, era o responsável pela gestão do Site deste mesmo órgão.

Foi Produtor e apresentador do Programa de Animação Musical “Guiné-Música”, da rádio Mavegro.
 
Participou no Seminários de Formação de curta duração sobre ética e deontologia jornalística e de novas tecnologias de informação e de comunicação (Informática e Internet)

O desaparecido jornalista cursou no domínios da Gestão de Tesouraria, electricidade Domiciliária, Treinador de 1º Nível de Voleibol de Campo e de Praia e na formação sobre segurança de jornalistas em situação de conflito.

A maior parte destas acções de formação ocorreram cá no país e na sub-região africana, assim como na Europa.

Até a data da sua morte, Amarante Sampa é Secretário-geral do Sindicato de Jornalistas da Guiné-Bissau (SINJOTECS), órgão da classe de que é membro fundador

Igualmente, desempenhava as funções de Secretário-geral da Federação de Voleibol da Guiné-Bissau, além de ser Vice-presidente da Associação Guineense de Jornalistas Desportivos da Guiné-Bissau (AGUIJODE).

É ainda membro da Rede de Jornalistas Amigo do Agricultor (REJAA) e Antigo responsável de Informação do Conselho Nacional da Juventude (CNJ)


terça-feira, 15 de outubro de 2013

Discórdia




Comunidade islâmica dividida quanto a festa de Tabasky 

Bissau, 15 Out 13 (ANG) – Alguns fiéis muçulmanos, em obediência ao apelo lançado pelas duas organizações religiosas (Conselho Nacional Islâmico e Conselho Superior dos Assuntos Islâmicos) rezaram hoje a frente da Câmara Municipal de Bissau para marcar a festa de sacrifício de carneiro (Tabasky). 
A maioria dos fiéis , em obediência à organização de Imames, vão celebrar a mesma festa amanhã, segundo apurou a ANG.
Em declarações à imprensa, o representante da comissão conjunta das duas organizações, Alonso Faty reconheceu que há divergência de ideias entre os muçulmanos, e disse que essa reza depende da aparição da lua, e que  o islão não tem novo nem velho testamento. ”Seguimos os ensinamentos do profeta Maomé”,disse.
Aquele responsável disse ainda que no alcorão não diminuiu nem aumenta em nada, por isso rezar hoje ou amanhã tanto faz.
“A única coisa é a divergência de opiniões, felizmente no país nunca houve guerras religiosas”, rematou.
Alonso Faty apelou entretanto a união de toda a comunidade muçulmana e guineenses em geral e pediu perdão a quem se sentir ofendido com atitude dos que realizaram  a  Aid-el-kebir  em dois dias.
Por sua vez, o secretário-geral da administração interna Abdú Camará disse que essa reza tem grande significado para os muçulmanos porque é o dia em que se louva  à Deus.
 Camará apelou à união no seio dos muçulmanos, invocando que na reza de Ramadão, que assinala o fim dos 30 dias de jejum, há sempre discórdia por causa de aparição da Lua ,mas  que no Tabasky que tem um calendário a cumprir,  não devia haver razão para tanta discórdia. ANG/JD /SG